A apresentadora Tati Machado emocionou o país ao romper o silêncio e compartilhar, pela primeira vez, sua dor diante da perda irreparável do filho Rael, aos oito meses de gestação. Em uma carta aberta publicada nas redes sociais nesta segunda-feira, 2 de junho, Tati desabafou sobre o luto que atravessa ao lado do marido, o cineasta Bruno Monteiro, e destacou a intenção de transformar essa experiência devastadora em força para apoiar outras mulheres que passam pela mesma situação, muitas vezes em silêncio.
Tati e Bruno esperavam ansiosamente pelo nascimento de Rael, o primeiro filho do casal. No dia 12 de maio, com 33 semanas de gestação, Tati deu entrada na maternidade após perceber a ausência dos movimentos do bebê. A gravidez, até então, seguia saudável e já se encontrava na reta final, como revelou a própria apresentadora no relato emocionante que mobilizou milhares de seguidores.
No texto, Tati descreveu a dor visceral que sentiu ao constatar a perda, classificando-a como “a maior tristeza que já senti”. A apresentadora, sempre conhecida pelo alto astral, confessou que nunca havia experimentado tamanha felicidade como a que viveu durante a gestação, nem tristeza tão profunda como a causada pela despedida precoce do filho. “Eu nunca tinha experimentado uma felicidade tão grande, mas ao invés da plenitude fui afrontada com a maior tristeza que também já senti, daquelas que vêm do fundo da alma”, escreveu.
Em meio à narrativa tocante, Tati revelou o processo de tentar ressignificar a experiência dolorosa, ressaltando a união e o amor que fortaleceu ainda mais sua relação com Bruno Monteiro. O casal, segundo ela, enfrentou de mãos dadas o momento mais difícil de suas vidas. “Eu e Bruno formamos mesmo a melhor dupla do mundo. E eu só fiz confirmar nas horas de trabalho de parto em que a gente, de mãos dadas, entre uma contração e outra, se olhava e dizia que conseguiríamos juntos ressignificar aquilo tudo. E conseguimos”, relatou comovida.
Tati Machado fez questão de homenagear o filho Rael, descrevendo-o como a perfeita combinação de suas características com as do pai. Ela mencionou com carinho o desejo, agora interrompido, de ver se Rael seria “a cara do pai, mas com a personalidade da mamãe”. Em suas palavras, mesmo sem ouvir o choro do filho, o amor nasceu e permanece vivo: “Esse amor surreal nasceu antes do primeiro choro e vai viver mesmo depois do seu último suspiro.”
O relato minucioso de Tati também expôs a sensação de vazio que preenche a casa e a rotina do casal, com objetos, roupas, músicas e cheiros que remetem ao tempo de espera pelo bebê. Ela descreveu com detalhes o impacto físico e emocional da ausência: “Na cama, o travesseiro de grávida. No banheiro, o creme que fazia parte do ritual pós-banho. As vitaminas, as roupinhas pra lavar, o quarto pra arrumar, o cheirinho de bebê que já tinha dominado tudo… tava tudo lá.”
Mesmo mergulhada em um luto profundo, Tati Machado fez questão de agradecer publicamente o apoio que recebeu de familiares, amigos, fãs e desconhecidos. Ela contou ter lido todas as mensagens enviadas, inclusive aquelas de quem duvidava que ela chegaria a ver. “Vi relatos de pais que estão vivendo o mesmo que nós, vi pessoas de madrugada mandando que não paravam de pensar na gente, nos incluindo, inclusive, em suas orações. Agradeço demais, isso nos fortalece. Isso dá sentido”, afirmou.
Um dos pontos mais marcantes de sua carta foi a promessa de transformar o luto em luta, acolhendo e ajudando outras pessoas que enfrentam a dor silenciosa da perda gestacional. “Quero, de verdade, poder ajudar quem passa por isso em silêncio. Eu agora sabemos o quanto é cruel. Tenho ainda muito pra lhes dizer. Aos poucos vamos juntando nossos caquinhos. Por ele! Pelo nosso real amor, Rael.”
A atitude corajosa de Tati Machado ao compartilhar publicamente uma experiência tão íntima e dolorosa provocou uma onda de solidariedade nas redes sociais, impulsionando uma reflexão necessária sobre o luto gestacional, tema ainda cercado de tabus na sociedade. A apresentadora encerrou a carta reafirmando a maternidade que conquistou e que permanecerá viva em seu coração: “Eu sou mãe, pra ressignificar o tempo tão curto que estivemos juntos, mas tempo transformador.”
A comoção causada pela revelação de Tati Machado reforça a importância de ampliar o debate sobre a humanização do luto perinatal e o apoio psicológico às famílias que enfrentam essa perda. Sua disposição em falar sobre o tema representa um gesto de empatia que poderá ajudar muitas outras mulheres e casais a encontrarem acolhimento e compreensão em meio à dor.
#ForçaETernura #LutoGestacional #AmorDeMãe #TatiMachado #BrunoMonteiro #Rael #PerdaGestacional #MaternidadeReal #ApoioEmocional #CoragemEAmor #Solidariedade #Esperança