O Oriente Médio voltou a ser o epicentro de um dos mais graves confrontos geopolíticos dos últimos anos, com o recrudescimento do conflito entre Irã e Israel. A tensão atingiu um novo patamar nas últimas 48 horas, após bombardeios israelenses a alvos estratégicos em Teerã e uma imediata resposta iraniana, que incluiu ataques com drones ao território israelense. O saldo já é trágico: dezenas de mortos, centenas de feridos e o risco crescente de envolvimento direto de potências globais.
A escalada se intensificou na última quinta-feira, 12 de junho, quando Israel realizou o que classificou como um “ataque preventivo” contra o Irã. A ofensiva visava instalações nucleares e centros de comando ligados à Guarda Revolucionária Iraniana. Em pronunciamento oficial, autoridades israelenses afirmaram que o objetivo era conter a ameaça representada por um possível avanço no programa nuclear iraniano. Entre os alvos estariam cientistas e engenheiros nucleares de alta patente, além de centros de pesquisa militar.
Em resposta, o Irã lançou uma onda de drones armados contra o território israelense, atingindo alvos civis e militares. De acordo com a televisão estatal iraniana Irib, um dos ataques israelenses teria causado a morte de cerca de 60 pessoas em Teerã, incluindo 20 crianças, após o bombardeio de um prédio residencial. O embaixador iraniano nas Nações Unidas, Amir Iravani, divulgou ainda que ao menos 78 pessoas morreram e 320 ficaram feridas em ofensivas anteriores. Já do lado israelense, o exército confirmou a morte de três civis e ao menos 80 feridos.
A retórica entre os dois países se tornou ainda mais incendiária nesta sexta-feira, quando o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ameaçou diretamente o regime iraniano. Em tom contundente, afirmou que “Teerã pagará um preço alto”, e chegou a declarar que o país estaria disposto a “queimar a capital iraniana” caso os ataques continuassem.
A resposta iraniana veio em forma de ameaça aos aliados de Israel. Segundo informações da agência de notícias Mehr, o governo de Teerã alertou que qualquer tentativa dos Estados Unidos, Reino Unido ou França de interferir nas ações contra Israel será interpretada como ato de guerra. O comunicado menciona possíveis ataques a bases militares, navios e embarcações ocidentais no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho.
A tensão internacional aumentou ainda mais após essa declaração. Fontes diplomáticas revelam que as embaixadas dos países citados começaram a adotar planos de contingência para evacuação de cidadãos e reforço em suas instalações na região. Há também movimentações militares não confirmadas próximas às águas internacionais que cercam o Irã.
Enquanto isso, a Faixa de Gaza, antes foco central do conflito israelense-palestino, torna-se palco secundário diante da dimensão que o confronto entre Irã e Israel passou a ocupar. A guerra iniciada em 7 de outubro de 2023 entre Israel e o Hamas já havia deixado o mundo em alerta, mas agora o risco de uma guerra regional ampla, envolvendo múltiplos países e interesses globais, eleva o nível de preocupação internacional.
A Organização das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança para discutir a escalada. Até o momento, não há consenso sobre sanções ou ações conjuntas. Diplomatas avaliam que qualquer movimento mais direto pode ser interpretado como provocação por Teerã.
Analistas militares avaliam que a destruição de parte da infraestrutura nuclear do Irã, assim como a eliminação de nove cientistas envolvidos diretamente no desenvolvimento de armas nucleares, representa uma guinada estratégica por parte de Israel. A ação, contudo, corre o risco de desencadear uma guerra aberta em larga escala, especialmente diante da resposta rápida e violenta por parte do Irã.
A comunidade internacional observa com apreensão. Os próximos dias serão decisivos para saber se o conflito escalará ainda mais ou se haverá espaço para mediação diplomática. Enquanto isso, civis de ambos os lados vivem o temor constante de novos ataques, abrigando-se em porões, estações de metrô e zonas rurais afastadas, na tentativa de escapar do que pode ser o início de uma nova guerra no Oriente Médio.
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