O cenário internacional amanheceu mais tenso nesta segunda-feira, 16 de junho de 2025, com a confirmação de que Israel afirma ter estabelecido total controle aéreo sobre Teerã, capital do Irã. A escalada militar entre os dois países entra no quarto dia consecutivo e já contabiliza, oficialmente, 244 mortos, sendo 224 no território iraniano e 20 em Israel, além de centenas de feridos e cidades em ruínas.
O porta-voz das Forças Armadas de Israel, brigadeiro-general Effie Defrin, foi categórico em entrevista coletiva ao declarar que as forças israelenses destruíram um terço dos lançadores de mísseis superfície-superfície do Irã, além de neutralizar bases estratégicas e centros de comando. Segundo ele, a supremacia aérea israelense sobre o espaço iraniano está consolidada.
O conflito ganhou uma nova e dramática dimensão após a morte de Mohammad Kazemi, chefe de inteligência das Forças Armadas do Irã, em um ataque aéreo realizado por Israel no sábado. A ofensiva provocou uma retaliação imediata. Na madrugada desta segunda-feira, uma intensa chuva de mísseis partiu do território iraniano em direção a alvos estratégicos israelenses.
As cidades de Tel Aviv e Haifa foram diretamente atingidas. Explosões violentas deixaram pelo menos cinco mortos e dezenas de feridos na região central de Israel. O que se viu nas últimas horas foi uma das maiores ofensivas já registradas na história do conflito entre os dois países.
Enquanto Israel mantém seus caças sobrevoando o espaço aéreo de Teerã, os mísseis iranianos seguem cruzando os céus do Oriente Médio, causando destruição e ampliando o risco de um conflito de proporções globais. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, não poupou palavras ao afirmar que os moradores de Teerã “pagarão o preço” pela escalada. Katz também chamou o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, de “assassino covarde” e “ditador presunçoso”, prometendo uma retaliação ainda mais severa.
O impacto dos ataques não poupou nem mesmo instalações diplomáticas. A embaixada dos Estados Unidos em Tel Aviv sofreu danos estruturais, embora sem vítimas. Já a embaixada americana em Jerusalém foi fechada temporariamente por questões de segurança, segundo informou o embaixador Mike Huckabee.
A tensão diplomática atingiu níveis extremos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghai, declarou que as negociações nucleares previstas com os Estados Unidos foram oficialmente canceladas. Baghai acusou abertamente os americanos de serem cúmplices dos ataques israelenses e declarou que, enquanto os EUA não condenarem publicamente as ações de Israel, qualquer tentativa de acordo será “inútil”.
No campo internacional, líderes globais se mostram alarmados. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou pedir publicamente um cessar-fogo, mas reforçou que os EUA continuam ao lado de Israel. Segundo fontes da imprensa americana, Trump teria rejeitado uma proposta de Israel para assassinar o líder supremo do Irã. Em diálogo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Trump teria considerado a ideia “uma péssima decisão estratégica”.
A crise estourou justamente no mesmo período da Cúpula do G7, no Canadá, onde os líderes das maiores economias do mundo tentam debater alternativas para frear a escalada bélica. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que apoia o direito de Israel de se defender, mas que a diplomacia ainda deve ser a prioridade. Segundo ela, “o Irã não pode, sob hipótese alguma, desenvolver uma arma nuclear”.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) convocou uma sessão extraordinária para discutir os ataques de Israel contra as instalações nucleares iranianas em Natanz e Fordow. A reunião, solicitada pelo Irã e apoiada por China, Rússia e Venezuela, tenta sem sucesso intermediar uma resposta da comunidade internacional que evite um colapso maior no equilíbrio global.
O posicionamento da China foi firme. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, fez um apelo veemente para que as partes envolvidas tomem medidas imediatas para reduzir a tensão e retornem ao caminho do diálogo. A Rússia e a Turquia também manifestaram preocupação, alertando para as consequências imprevisíveis caso o conflito continue a se agravar.
Se no campo diplomático as tensões aumentam, nos mercados financeiros o impacto já é direto. O preço do barril do petróleo disparou na manhã desta segunda-feira, com alta superior a 7% em dois dias. Analistas temem que a continuidade da guerra afete profundamente o fornecimento de petróleo no Oriente Médio, impactando não apenas combustíveis, mas toda a cadeia produtiva global, inclusive alimentos e energia.
Enquanto isso, a população civil de ambos os lados vive dias de terror. Em Tel Aviv, as sirenes de alerta não param. Em Teerã, milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos subterrâneos. Hospitais estão sobrecarregados e equipes de resgate trabalham incessantemente para atender os feridos e remover escombros das regiões atingidas.
A possibilidade de cessar-fogo imediato parece remota. Israel insiste que só recuará quando considerar que destruiu toda a infraestrutura militar iraniana capaz de oferecer risco à sua segurança. Por outro lado, o Irã mantém sua retórica de resistência, mesmo diante das perdas humanas e materiais devastadoras.
O mundo observa apreensivo o desenrolar de uma crise que pode redesenhar o mapa geopolítico internacional nas próximas horas ou dias. A história, mais uma vez, assiste a um conflito onde as consequências são imprevisíveis, mas os custos humanos já são incontestáveis.
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