Era noite de quinta-feira, 1º de maio, feriado do Dia do Trabalhador, quando o bar da esquina no bairro Nova Rio Brilhante, que costuma ser ponto de encontro de moradores, virou palco de uma cena brutal. Por volta das 22h, um homem identificado como Marcos Valério de Oliveira, de 40 anos, mais conhecido entre os frequentadores da região como “Cabeceira”, foi atingido por um tiro no peito e morreu ali mesmo, em plena calçada, sem chances de socorro.
Segundo testemunhas, o autor do disparo, Gilson que havia deixado a prisão no fim de 2024 —, não perdeu tempo após atirar. Ele tentou fugir correndo, e no trajeto ainda disparou duas vezes na direção de um vigia noturno que se aproximava em uma motocicleta. Por sorte, os tiros não acertaram ninguém.
Sem sucesso na fuga a pé, Gilson abordou um jovem que passava pela rua e, sob ameaça, tomou sua bicicleta para continuar a tentativa de escapar. A fuga, no entanto, foi curta. Poucos quarteirões depois, uma equipe da Polícia Militar, que já fazia buscas na região, conseguiu localizar e prender o suspeito. Com ele, os policiais encontraram um revólver Taurus calibre .357, com seis munições cinco já deflagradas e uma ainda intacta.
Criminosos conhecidos e reencontro fatal
Gilson tem um histórico policial considerável, principalmente por tráfico de drogas. Já Marcos, a vítima, também não era estranho às autoridades. Em 2008, ele foi acusado de homicídio, e em 2022 sobreviveu a uma tentativa de assassinato. O reencontro entre os dois naquela esquina ainda está sendo investigado para entender se a morte foi premeditada ou se houve algum tipo de desentendimento repentino.
O delegado Ghoeth Junior, responsável pelo caso, informou que a ocorrência foi registrada como homicídio qualificado, tentativa de homicídio e roubo na forma tentada. Ainda segundo a Polícia Civil, a motivação exata do crime será esclarecida com o avanço das investigações, mas tudo indica que havia uma rixa antiga entre os envolvidos.
Clima de tensão no bairro
Moradores do Nova Rio Brilhante ficaram assustados com a sequência de tiros em uma noite que começou como qualquer outra. O bar, que costumava ser ponto de encontro para bate-papo e descontração, virou cenário de medo e sirenes. “Foi tudo muito rápido. A gente só ouviu os tiros e depois viu o corre-corre. A cidade tá muito violenta”, disse um comerciante da região, que preferiu não se identificar.
Gilson permanece preso na Delegacia de Polícia Civil de Rio Brilhante, onde será ouvido mais uma vez nos próximos dias. A Justiça deverá avaliar se ele permanece detido enquanto o processo segue em andamento.
Enquanto isso, a morte de Marcos Valério entra para a estatística de crimes violentos no município, e mais uma família tenta entender o que levou ao fim trágico de um homem que, apesar dos antecedentes, tinha voltado a circular normalmente pela cidade.
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