Mato Grosso do Sul, 11 de maio de 2025
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Traficante “Cigarreiro” é apontado como mandante da morte de empresário no Aeroporto de Guarulhos

Polícia Civil de São Paulo deflagra operação para prender Emílio de Carlos Gongorra Castilho, suposto chefe da execução de Vinícius Gritzbach

Na manhã desta quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação de grande porte, com o objetivo de capturar Emílio de Carlos Gongorra Castilho, mais conhecido no mundo do crime como João Cigarreiro, traficante de destaque da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Cigarreiro é apontado como o mandante do assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024.

O caso, que já havia gerado grande repercussão, ganhou novos capítulos nas últimas semanas, com a Polícia Civil e a Polícia Federal desvendando um esquema criminoso de grandes proporções, envolvendo lavagem de dinheiro, corrupção dentro da própria polícia e a execução do empresário. Segundo informações obtidas pelos investigadores, Gritzbach, que estava envolvido em atividades ilícitas relacionadas à lavagem de dinheiro para o PCC, teria sido responsável por desfalcar a organização criminosa em milhões de reais. O empresário, acusado de roubar o tráfico, tornou-se alvo da facção, que decidiu puní-lo de forma brutal.

O Mandante: João Cigarreiro

Emílio de Carlos Gongorra Castilho, o “Cigarreiro”, é apontado como o líder da célula criminosa que orquestrou o assassinato de Gritzbach. Cigarreiro, com sua ligação direta ao PCC, teria dado a ordem para que a execução fosse realizada com extrema rapidez e precisão. Investigadores acreditam que ele escolheu o aeroporto de Guarulhos como o local para o homicídio, buscando garantir que o ato fosse efetuado em um ambiente de grande movimentação, com câmeras de segurança e possibilidade de fuga.

O tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro e o poder da facção são aspectos que tornam esse caso ainda mais complexo. A facção criminosa PCC não é apenas uma organização que controla o tráfico de drogas, mas também possui um vasto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresários e políticos corruptos. Gritzbach, por ser um homem com vínculos nesse submundo, acabou se tornando um “alvo fácil” após seu desvio de dinheiro, colocando em risco a estrutura da organização.

A Execução e a Repercussão

O assassinato de Vinícius Gritzbach aconteceu em plena tarde, por volta das 16h10, nas proximidades do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, um dos pontos mais movimentados da cidade. De acordo com a Polícia Militar, aproximadamente cinco homens desembarcaram de um veículo preto e, de forma impiedosa, dispararam contra o empresário, que estava prestes a embarcar para um destino desconhecido. O empresário tentou se defender, mas os disparos foram rápidos demais. Ele chegou a tentar pular uma mureta, provavelmente buscando escapar, mas foi atingido de forma fatal.

Câmeras de segurança do aeroporto captaram o momento exato em que os assassinos se aproximaram e dispararam contra Gritzbach. As imagens mostram a vítima tentando reagir ao perceber a ameaça, mas, mesmo com a tentativa de fuga, ele foi atingido e caiu no chão, sem chance de sobreviver. O crime foi cometido com extrema frieza e organização, o que leva os investigadores a concluírem que a facção estava por trás de todo o planejamento.

Após os disparos, o veículo utilizado pelos criminosos foi encontrado abandonado em uma avenida próxima ao aeroporto. As imagens das câmeras de segurança e as testemunhas no local ajudaram na formação do retrato falado dos suspeitos, e a investigação rapidamente se concentrou no círculo próximo ao PCC. No entanto, a operação de hoje, que visa prender João Cigarreiro, representa o maior avanço nas investigações.

A Corrupção dentro das Forças de Segurança

O caso também revelou um envolvimento alarmante de membros corruptos da Polícia Civil de São Paulo. A Polícia Federal indiciou 14 pessoas, incluindo o delegado Fábio Baena, que foi citado em uma delação premiada por Vinícius Gritzbach. O empresário, durante seu depoimento ao Ministério Público, revelou que Baena estava diretamente envolvido em manipulações de investigações, corrupção e até mesmo proteção a criminosos ligados ao PCC. O delegado foi preso em dezembro de 2024, e sua detenção representou um golpe contra a estrutura de corrupção dentro das forças de segurança.

As investigações apontam que o esquema criminoso manipulava investigações policiais, vazava informações para traficantes e vendia proteção a membros do PCC. A conexão entre tráfico de drogas, corrupção policial e lavagem de dinheiro se revela como um sistema que, até certo ponto, estava bem estabelecido e protegido de olhares externos.

A Operação de Captura e os Desdobramentos

A operação desta quinta-feira tem como principal alvo João Cigarreiro, o mandante do crime, mas também busca desmantelar a célula criminosa responsável pela execução de Gritzbach. Além da prisão do traficante, a ação cumpre mandados de busca e apreensão em cerca de 20 endereços relacionados aos envolvidos no crime, o que pode resultar na captura de outros membros importantes do esquema. Mais de 100 policiais estão envolvidos na operação, que já é considerada um dos maiores avanços nas investigações contra o PCC nos últimos anos.

Enquanto isso, a Polícia Federal segue aprofundando a apuração sobre o esquema de lavagem de dinheiro do PCC, que envolvia empresários, políticos e até membros da polícia. O envolvimento de pessoas em cargos públicos e de confiança com a facção criminosa é um dos maiores desafios para os investigadores, que trabalham para cortar todas as pontes entre o tráfico e as instituições de segurança.

O Caminho para a Justiça

O assassinato de Vinícius Gritzbach, um homem que, apesar de envolvido em atividades criminosas, desempenhava um papel importante na lavagem de dinheiro para o PCC, trouxe à tona uma rede complexa de corrupção e crime organizado. Com a captura de João Cigarreiro e a desarticulação do esquema, espera-se que a justiça seja feita, e que o PCC sofra um duro golpe em suas operações ilegais.

No entanto, a investigação não para por aqui. A Polícia Civil e a Polícia Federal continuarão trabalhando em conjunto para identificar todos os envolvidos na morte de Gritzbach e em outros crimes relacionados à facção, além de buscar erradicar a corrupção dentro das forças de segurança.

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