Pelo menos 45 pessoas morreram em Israel na última quinta-feira (29) durante uma comemoração religiosa da festa judaica de Lag Baomer, no Monte Meron, na região norte do país. A tragédia aconteceu em decorrência do tumulto nas arquibancadas do local, o que gerou uma debandada de pessoas.
Entre as vítimas estão pelo menos 5 menores de 16 anos. Enquanto algumas pessoas morreram pisoteadas, outras foram asfixiadas.
Os serviços de emergência trabalham para identificar as vítimas da tragédia. Pelo menos 150 pessoas ficaram feridas e 21 estão recebendo tratamento em hospitais da região. Quatro estão em situação crítica.
A emergência de Israel, Magen David Adom (Estrela de David Vermelha), enviou mais de 250 ambulâncias e seis helicópteros para socorrer os feridos. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, classificou o ocorrido como “uma das maiores tragédias da história de Israel”.
O evento reunia 90 mil pessoas, a maioria ultraortodoxos, que estavam ao redor de uma grande fogueira. O local de comemoração é onde fica o túmulo do rabino Shimon Bar Yochai e, anualmente, judeus ultraortodoxos vão ao local comemorar a festa, para cantar, rezar e dançar.
Nesta sexta-feira (30), autoridades israelenses trabalham para evacuar o local no Monte Meron. Foram enviados 300 ônibus vazios para transportar as pessoas que seguiam onde o acidente aconteceu.
A Polícia de Israel abriu uma investigação para apurar a causa do acidente que deixou 45 mortos. Autoridades tinha permitido a presença de 10 mil pessoas na comemoração, mas o público que compareceu foi muito mais.
Foi a maior aglomeração em Israel desde que o país começou a flexibilizar as medidas de combate a covid-19.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estava no Monte Meron nesta sexta-feira (30). Pessoas que ainda estavam no local da tragédia protestaram contra ele e jogaram garrafas no primeiro-ministro.
Netanyahu declarou luto oficial no próximo domingo. “A tragédia do Monte Meron é uma das mais pesadas tragédias que o Estado de Israel já viu”, declarou. “Aconteceram cenas de cortar o coração aqui, pessoas esmagadas e mortas, incluindo crianças. Muitas das vítimas ainda não foram identificadas.”
“Por isso, eu peço para que evitem espalhar rumores e achismos nas redes sociais, porque isso destrói o coração das famílias. Deixem as autoridades fazerem seus trabalhos”, pediu Netanyahu.
