Mato Grosso do Sul, 15 de fevereiro de 2025
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Tragédia e Solidariedade em Caarapó: Menino espancado enquanto trabalhava vendendo Trufas

O agressor desferiu chutes enquanto roubava a carteira da vítima, contendo o dinheiro das vendas do dia. O homem fugiu logo em seguida
Imagens - G1MS
Imagens - G1MS

O que deveria ser uma noite comum de trabalho para um menino de 12 anos, que vendia trufas nas ruas para ajudar sua família, transformou-se em um cenário de brutalidade e violência. O jovem P.E.O.P. foi espancado por um homem de 19 anos, identificado como W.G.C., que o roubou e deixou gravemente ferido. O caso chocou a comunidade local e mobilizou uma onda de solidariedade.

A Violência Registrada por Câmeras

Na noite de quinta-feira (16), câmeras de segurança de Caarapó registraram o momento em que o menino, carregando sua bandeja de trufas, tentava escapar de seu agressor. As imagens mostram W.G.C. alcançando a criança, que foi derrubada violentamente ao chão. O agressor desferiu chutes enquanto roubava a carteira da vítima, contendo o dinheiro das vendas do dia. O homem fugiu logo em seguida.

P.E.O.P. foi socorrido por populares e encaminhado ao hospital local, sendo posteriormente transferido para o Hospital da Vida, em Dourados. Ele teve uma clavícula fraturada e apresentou quadro hemorrágico, além de sangramento no ouvido. Apesar da gravidade das lesões, o menino recebeu alta e está agora em casa com sua família.

O Suspeito e a Ação Policial

Graças às imagens de segurança e a investigação rápida da Polícia Civil de Caarapó, W.G.C. foi localizado e preso poucas horas após o crime. Durante o interrogatório, ele confessou o ataque, alegando estar sob efeito de drogas. A carteira da vítima foi recuperada, com parte do dinheiro ainda intacta.

A Realidade da Família

A mãe de P.E.O.P., Franciele Oliveira Machado, trabalha em uma padaria e sustenta a família com três outros filhos. Em entrevista, ela relatou o impacto emocional e financeiro do ataque. “Foi um choque. Meu filho estava tentando ajudar, e agora estamos enfrentando uma situação muito difícil. Toda ajuda é bem-vinda.”

A família reside na Rua Ramão Vargas de Oliveira, na Vila Planalto, onde tentam retomar a rotina após o trauma.

Reações da Comunidade Local

O crime gerou revolta entre os moradores de Caarapó, que expressaram sua indignação diante da violência sofrida pela criança. “Isso é inaceitável. Um menino que só queria ajudar a família não merecia passar por algo assim. Precisamos de mais segurança e justiça para evitar que casos como esse aconteçam novamente”, disse Marisa Almeida, comerciante local.

Outro morador, José Carlos Rodrigues, destacou a necessidade de apoio à família. “Nós, como comunidade, temos que fazer nossa parte. Essa família precisa de suporte financeiro e emocional. O que aconteceu é um reflexo de problemas sociais que não podem mais ser ignorados.”

Voluntários também destacaram a importância de campanhas educativas e ações para combater o uso de drogas na região. “O agressor confessou estar drogado. Precisamos olhar para isso e buscar soluções para evitar que mais jovens entrem nesse caminho”, comentou Joana Prado, professora aposentada e participante da campanha de doações.

Solidariedade da Comunidade

Sensibilizados com a situação, amigos da família organizaram uma campanha de doações via Pix para ajudar nas despesas com medicamentos, alimentos e outros itens necessários. A chave para doações é (67 9 9160 1750).

“Estamos mobilizando o que podemos. O P.E.O.P. é uma criança muito esforçada, e ninguém merece passar por algo assim”, afirmou um dos organizadores da campanha.

Reflexão e Esperança

O caso de P.E.O.P. trouxe à tona uma realidade que muitas famílias enfrentam em situação de vulnerabilidade social. Enquanto as investigações seguem para garantir a punição do culpado, a comunidade de Caarapó busca dar apoio à família e ao menino, que, mesmo diante de tanto sofrimento, demonstra esperança de dias melhores.

Como Ajudar Qualquer pessoa pode contribuir com a campanha solidária. Para mais informações, entre em contato pelo telefone da família ou envie sua doação para a chave Pix: 67 9 9160 1750. Cada gesto de solidariedade faz a diferença.

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