Mato Grosso do Sul, 14 de fevereiro de 2025
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Tragédia em Campo Grande: Mulher mata namorado a tijoladas após ser espancada

O caso, além de uma grande tragédia familiar, levanta questões sobre os limites da violência doméstica e as consequências trágicas de um ambiente de agressão
Imagem - Madu Livramento, Midiamax
Imagem - Madu Livramento, Midiamax

No início da manhã deste sábado (25), uma cena chocante aconteceu no Jardim Pênfigo, em Campo Grande, que resultou em uma morte brutal. Reinaldo Golveia, de 56 anos, foi morto a tijoladas pela própria namorada, após agredi-la durante uma discussão violenta. A vítima, que aparentemente estava sob efeito de drogas e álcool, desencadeou uma série de eventos que levariam à tragédia.

Reinaldo havia consumido cocaína durante a madrugada, e a substância parece ter piorado seu estado emocional e psicológico. Quando começou a discutir com a namorada, o homem perdeu o controle e partiu para a agressão física. Ele deu tapas, puxões de cabelo e insultos, não poupando nem mesmo a filha de 17 anos da mulher, que presenciou toda a cena de horror. A jovem, apavorada, tentou intervir na briga para proteger a mãe e acabou se envolvendo diretamente na agressão.

No auge do desespero, a mulher, em um momento de total falta de opções, pegou um tijolo que estava perto e, sem pensar, golpeou a cabeça do namorado. Ele caiu imediatamente, desmaiado e sangrando de maneira intensa. A filha, em pânico, correu para pedir ajuda, e acionou a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram ao local, ainda acreditavam que o homem estivesse desmaiado. No entanto, o Corpo de Bombeiros, que também foi chamado, constatou a morte do homem.

Dentro da casa, havia outras duas crianças, que também presenciaram a violência. Um dos momentos mais comoventes foi quando o filho de 5 anos do casal, confuso e assustado, perguntou aos policiais: “Cadê o papai?”. A cena foi de dor e desespero, e logo a casa foi isolada. Os pequenos foram entregues à irmã da mulher para que ficassem em segurança.

Os vizinhos não ficaram indiferentes à situação. Muitos ouviram os gritos de socorro e viram a adolescente, ainda assustada, correndo com seus irmãos pequenos. Ela pedia ajuda, desesperada, dizendo: “Ele vai matar minha mãe, liga para a polícia!”. Alguns vizinhos tentaram intervir, mas, infelizmente, nada pôde evitar a tragédia.

A delegada Thaina Borges, que estava de plantão na Depac Cepol, afirmou que Reinaldo estava “alucinado de droga e bebida alcoólica” no momento da agressão, e que ele chegou a agredir mãe e filha com uma pá, antes de levar os golpes fatais de tijolo. A mulher, que em defesa própria acabou tirando a vida de seu agressor, foi detida e encaminhada à delegacia, onde aguardará audiência de custódia. A delegada ressaltou que cabe ao juiz decidir se o caso será considerado legítima defesa ou não.

Essa tragédia levanta uma questão dolorosa sobre os limites da violência doméstica e as consequências extremas que, infelizmente, muitas vezes chegam como resultado de uma luta pela sobrevivência. O caso ainda está sendo investigado, e a mulher enfrentará um longo processo judicial, enquanto as crianças, que foram as mais afetadas por tudo o que aconteceu, terão que lidar com as cicatrizes emocionais dessa manhã cruel.

Ainda não se sabe exatamente qual será o futuro dessa família, mas o que é certo é que uma vida se perdeu em meio ao desespero, e outras tantas, de alguma forma, ficaram marcadas para sempre por uma tragédia que poderia ter sido evitada.

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