Crime brutal rompeu a tranquilidade do município de Glória de Dourados, distante 282 quilômetros da capital Campo Grande, e causou profunda comoção entre os moradores da cidade. Na noite da última quinta-feira, 3 de julho, Michelly Rios Midon Oruê, de 47 anos, foi encontrada morta nos fundos da própria residência, na Rua Ivinhema, no centro da cidade. O principal suspeito do assassinato é o próprio filho da vítima, Alfredo Henrique Oruê dos Santos, de 21 anos, que fugiu do local dirigindo o carro da família, um Renault Logan branco.
O corpo de Michelly foi descoberto por volta das 19h40 por parentes que, desde o meio-dia, já estranhavam sua ausência. Ao longo do dia, amigos e familiares tentaram contato por telefone, mas não obtiveram resposta. Preocupados com o silêncio e o comportamento incomum, decidiram ir até a residência para averiguar a situação. Ao chegarem, abriram o portão e encontraram a mulher caída sem vida, na área dos fundos da casa. O corpo apresentava diversos ferimentos causados por arma branca, indicativos claros de que ela havia sido vítima de um ataque violento a facadas.
O cenário que se apresentou foi descrito pelas autoridades como impactante. Michelly estava sozinha em casa no momento do crime, já que o marido havia viajado a trabalho. O filho, Alfredo, era o único que permanecia na residência com ela. Segundo consta no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, testemunhas relataram que o jovem era usuário de drogas e frequentemente apresentava comportamentos agressivos. Vizinhos e conhecidos confirmaram à polícia que o relacionamento entre mãe e filho era conturbado, marcado por episódios de tensão e preocupação com a saúde mental e o histórico de dependência química do rapaz.
A Polícia Militar foi acionada logo após a descoberta do corpo e isolou o local até a chegada da perícia técnica e da equipe da Polícia Civil. Os peritos recolheram vestígios do crime, documentaram a cena e liberaram o corpo para os procedimentos legais. Desde então, o jovem suspeito está sendo procurado pelas forças de segurança, que intensificaram as diligências na tentativa de localizá-lo. O carro utilizado na fuga ainda não foi encontrado, e todas as unidades policiais da região estão em alerta.
O caso foi formalmente registrado como feminicídio, uma tipificação jurídica que reconhece o assassinato de mulheres em contextos de violência doméstica ou de menosprezo à condição de mulher. Este é o 18º feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul somente em 2025, número que reforça a urgência de ações mais contundentes no combate à violência de gênero e à deterioração dos laços familiares por fatores como o uso abusivo de drogas e o abandono de políticas de assistência.
Michelly Rios Midon Oruê era conhecida na cidade pela sua cordialidade e dedicação à família. Sua morte repentina e trágica deixou vizinhos, amigos e parentes em estado de choque. Em frente à casa onde o crime ocorreu, a movimentação de curiosos e pessoas em luto permanece intensa. Moradores locais prestam homenagens e acendem velas como forma de solidariedade à família enlutada.
O delegado responsável pelo caso afirmou que todas as linhas de investigação estão sendo seguidas, mas há indícios sólidos que apontam para a autoria do filho. Ele alertou que qualquer informação que possa levar à captura de Alfredo Henrique deve ser comunicada imediatamente às autoridades.
Enquanto a investigação avança, o caso de Michelly se soma a uma triste estatística de violência doméstica que não escolhe classe social, cidade ou estrutura familiar. Sua história passa a ser também um símbolo da dor de tantas outras mulheres vítimas de agressões que partem de dentro dos próprios lares.
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