O início da noite de quarta-feira, 18 de junho, foi marcado pelo desespero e pela tensão no Bairro Vila Bordon, em Campo Grande. Uma residência situada na Rua Comandante Elias Ferreira foi parcialmente destruída por um incêndio que, segundo apuração da Polícia Militar, teria sido provocado por uma mulher de 28 anos após uma briga com a própria irmã, de 33, por conta de uma disputa de herança. O imóvel, que pertencia à mãe de ambas e estava em processo de partilha desde o falecimento da proprietária há dois meses, tornou-se o epicentro de um conflito familiar que acabou se transformando em caso de polícia.
A ocorrência foi registrada por vizinhos e confirmada por vídeos que rapidamente circularam em grupos de mensagens locais. Nas imagens, uma moradora da região, visivelmente aflita, alerta outras pessoas para que não se aproximem da casa em chamas. “Sai daí, é perigoso, tem botijão e pode explodir”, grita a mulher, temendo que o fogo atingisse as casas vizinhas. A preocupação não era infundada. Com boa parte da residência construída em madeira, o incêndio ganhou força rapidamente, consumindo a estrutura antes da chegada dos bombeiros.
Quando a viatura da Polícia Militar chegou ao local, as equipes do Corpo de Bombeiros já haviam conseguido controlar as chamas. A parte de madeira do imóvel foi totalmente destruída, e a porção de alvenaria sofreu danos significativos. Vizinhos e testemunhas relataram que viram a mulher apontada como autora do incêndio jogando um líquido inflamável pela casa momentos antes do início do fogo. Crianças que estavam na calçada próxima à residência também afirmaram ter visto a cena e reconheceram a autora.
O boletim de ocorrência detalha que a suspeita estava aparentemente embriagada no momento do crime e fugiu logo após atear fogo na residência. Desde então, ela não foi mais vista na região. A irmã, que presenciou o ato, confirmou às autoridades que a motivação do incêndio foi a disputa pelo imóvel deixado como herança pela mãe, falecida recentemente.
O caso foi registrado como incêndio praticado em casa habitada e encaminhado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Cepol. A perícia ainda não foi realizada no local, mas a Polícia Civil já informou que uma análise técnica será solicitada para apurar com precisão as causas, os meios utilizados e os danos causados pelas chamas. A investigação seguirá em curso para localizar a suspeita e esclarecer todos os detalhes do episódio.
O que se desenhava como uma divisão patrimonial após o luto acabou por escancarar as fragilidades de uma relação marcada por ressentimentos e disputas. A tragédia não deixou vítimas físicas, mas os danos emocionais e materiais foram profundos. O caso reacende o debate sobre conflitos familiares motivados por questões patrimoniais, muitas vezes negligenciados até que se transformem em situações irreversíveis.
A residência, embora parcialmente destruída, tornou-se símbolo de uma ruptura que extrapolou o campo legal da herança e mergulhou no terreno trágico das relações familiares degradadas. A comunidade, ainda abalada pelo episódio, aguarda por respostas e por justiça.
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