Na noite desta terça-feira, 27 de maio, um grave acidente de trânsito ceifou a vida de Cristina Aparecida Pereira, de 40 anos, na BR-163, nas proximidades de Dourados, em Mato Grosso do Sul. A tragédia ocorreu em um trecho duplicado da rodovia federal, próximo ao Trevo da Bandeira, na saída para Caarapó, quando Cristina, que retornava para casa após um dia de trabalho, foi violentamente atropelada por uma picape Fiat Toro conduzida por Reinaldo Custódio, de 62 anos.
Cristina, funcionária de um motel localizado nas imediações do local do acidente, seguia pela rodovia pilotando sua motocicleta Honda Biz, de cor vermelha, quando foi atingida pela Fiat Toro, que trafegava na mesma direção. A colisão ocorreu na altura do quilômetro 270 da BR-163. Com o impacto, a motociclista foi arremessada a vários metros de distância, não resistindo aos ferimentos e falecendo no local, antes mesmo da chegada dos socorristas.
A cena que se seguiu foi marcada por um misto de comoção e indignação. O motorista do veículo causador do acidente, Reinaldo Custódio, que reside no bairro BNH 3º Plano, em Dourados, apresentava sinais visíveis de embriaguez, como odor etílico, fala desconexa e dificuldade de equilíbrio. Conduzido pela equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor se recusou terminantemente a realizar o teste do bafômetro.
Durante a abordagem policial, o comportamento de Reinaldo causou ainda mais perplexidade. Segundo informações extraídas do boletim de ocorrência, ao ser questionado sobre o acidente, ele proferiu uma frase que chocou não apenas os agentes da PRF, mas também familiares e a comunidade local: “Quero é que se f*, antes ela do que eu”. Demonstrando total frieza e ausência de arrependimento, Reinaldo ainda tentou atribuir a responsabilidade pela condução do veículo à própria filha, que rapidamente negou qualquer envolvimento.
As autoridades constataram que não havia marcas de frenagem na pista, o que reforça a tese de que o motorista não realizou qualquer tentativa de evitar o choque fatal. A motocicleta pilotada por Cristina ficou completamente destruída, evidenciando a violência do impacto.
Após a constatação do crime de trânsito, o motorista foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Dourados, onde permanece à disposição da Justiça. Até o momento, não há confirmação oficial sobre sua eventual liberação mediante pagamento de fiança ou se será mantido detido até julgamento.
Cristina Aparecida Pereira deixa dois filhos, que agora enfrentam não apenas a dor irreparável da perda precoce de sua mãe, mas também a indignação diante da falta de responsabilidade e humanidade demonstrada pelo autor do atropelamento. A vítima era conhecida na comunidade como uma mulher trabalhadora, que diariamente percorria o trajeto de sua residência, situada na Sitioca Campina Verde, até o seu local de trabalho, com o propósito de garantir o sustento e o bem-estar de sua família.
O caso rapidamente repercutiu entre os moradores de Dourados e região, reacendendo o debate sobre os riscos da combinação entre álcool e direção, especialmente em rodovias de grande fluxo, como a BR-163, considerada uma das principais vias de escoamento da produção agrícola e circulação de veículos pesados do estado. Apesar dos esforços das autoridades e das campanhas educativas sobre segurança no trânsito, como o recente encerramento do Movimento Maio Amarelo, tragédias como a que vitimou Cristina seguem ocorrendo, muitas vezes por pura imprudência e desrespeito às leis.
O delegado responsável pelo caso destacou que a recusa do motorista em realizar o teste do bafômetro, embora prevista na legislação, não impede que ele responda criminalmente, uma vez que existem provas suficientes, como os sinais evidentes de embriaguez e o próprio depoimento prestado aos policiais, que reforçam a caracterização do crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, com agravantes pela condução sob influência de álcool.
O sepultamento de Cristina está previsto para ocorrer nesta quarta-feira, em Dourados, em cerimônia restrita a familiares e amigos próximos, que prestam as últimas homenagens à mulher que, até a noite trágica, cumpria com dignidade sua rotina de trabalho.
A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Civil continuam com as investigações para esclarecer todos os detalhes do acidente, enquanto a população local clama por justiça e por medidas ainda mais rigorosas no combate à impunidade em casos de violência no trânsito.
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