Em um episódio brutal que gerou uma onda de indignação nas redes sociais, uma travesti de 22 anos teve 90% do corpo queimado após ser atacada em uma boate na madrugada de domingo (19) em Campo Grande. O crime, que ocorreu na Vila Carvalho, chocou a cidade e levantou debates acalorados sobre violência, discriminação e segurança, especialmente no contexto da comunidade LGBTQIA+.
A briga que desencadeou o terror
O que começou como uma simples discussão dentro de uma boate, envolvendo duas travestis, de 22 e 35 anos, se transformou em uma verdadeira tragédia. Segundo relatos, a vítima teria arrancado o mega hair e tomado o celular de uma das autoras, o que gerou uma briga generalizada no local. No entanto, a situação não terminou ali. As agressoras, já tomadas pela raiva, decidiram ir além e orquestraram um ataque cruel.
Ataque com fogo: A vingança das autoras
Após o desentendimento na boate, a dupla de agressores se dirigiu até a residência da vítima, localizada na Vila Carvalho. Lá, o cenário de violência tomou proporções ainda mais graves. As suspeitas, munidas de gasolina comprada em um posto de combustível próximo, atearam fogo na casa da travesti. A vítima foi retirada com dificuldades da residência em chamas por testemunhas, mas o sofrimento não terminou ali.
As imagens e relatos sobre o ocorrido se espalharam rapidamente nas redes sociais, com a comunidade online clamando por justiça e segurança para a população LGBTQIA+. #JustiçaParaVítima #FimDaViolência. A gravidade do estado da vítima, internada em estado crítico na Santa Casa, gerou comoção em diversos perfis, especialmente entre grupos defensores dos direitos humanos e da igualdade social.
Retorno ao local do crime: mais ameaças e busca por vingança
As agressoras não se contentaram com o ataque e, em um ato de extrema crueldade, retornaram ao local do crime pouco depois, supostamente para tentar recuperar o que a vítima havia levado delas durante a briga inicial. Esse comportamento incitou ainda mais revolta nas redes sociais, com internautas questionando as motivações por trás de tamanha violência e a impunidade que ainda permeia o tratamento da população LGBTQIA+ em várias regiões do Brasil.
A delegada Cynthia Gomes, responsável pelo caso, detalhou a ação das criminosas e confirmou que, apesar da informação inicial de que outra pessoa seria a mandante do crime, as duas prisas confessaram a autoria do ataque. A polícia agiu rapidamente após a denúncia de familiares da vítima e localizou as suspeitas, que estavam em uma pensão para travestis no Bairro Amambaí. #Vingança #ViolênciaNasRuas.

Colchão queimado no quarto da vítima. (Foto: Murilo Medeiros)
O grito de justiça e os impactos nas redes sociais
Este episódio gerou uma série de reações nas redes sociais, onde a violência contra a comunidade travesti e trans foi amplamente debatida. As hashtags #ViolênciaLGBTQIA, #TravestisResistentes e #JustiçaJá ganharam destaque, refletindo a busca por segurança e respeito à identidade de gênero. Muitos expressaram solidariedade à vítima, enquanto outros pediram uma reflexão profunda sobre as causas sociais que levam a tais atos de ódio.
“É um absurdo o que aconteceu. Precisamos de mais ações concretas para garantir a segurança de todos, independentemente da identidade de gênero”, comentou um usuário no Twitter, enquanto outros enfatizavam a necessidade de políticas públicas que protejam de maneira mais eficaz as pessoas em situação de vulnerabilidade, como as travestis e pessoas trans.
A história da vítima, que viveu um pesadelo que deixou marcas físicas e psicológicas profundas, traz à tona a urgente necessidade de enfrentamento à violência contra pessoas LGBTQIA+, que muitas vezes são alvo de discriminação, preconceito e agressões violentas. “As travestis merecem viver com dignidade e respeito. Não podemos permitir que histórias como essa se repitam”, escreveu uma ativista em sua conta.
O futuro do caso e a luta por justiça
A vítima, que continua internada em estado grave, recebe todo o apoio de familiares e de grupos que atuam em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. A ação da polícia e a prisão das responsáveis pelo ataque são um passo importante, mas ainda há muito a ser feito para que crimes como este não se tornem rotina.
Enquanto o caso segue investigado, a mobilização nas redes sociais continua, com um coro crescente pedindo justiça, mais proteção e, principalmente, respeito às diferenças. #JustiçaPelaVítima #DireitosHumanos #LutaContraViolência.
Este trágico incidente serve como um lembrete doloroso de que a luta por direitos iguais e pela proteção da comunidade LGBTQIA+ ainda é uma batalha constante e necessária.