Mato Grosso do Sul, 16 de março de 2025
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Trump ameaça impor tarifa de 200% sobre Vinhos da União Europeia caso tarifas sobre Uísque não sejam retiradas

O presidente dos EUA intensifica a pressão sobre a União Europeia, prometendo uma alta tarifa sobre bebidas alcoólicas em resposta a tarifas sobre o uísque
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Crédito: Mandel NGAN / AFP)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Crédito: Mandel NGAN / AFP)

A tensão comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia atingiu um novo nível nesta quinta-feira, 13, quando o presidente Donald Trump ameaçou impor uma tarifa de 200% sobre vinhos e outros produtos alcoólicos provenientes da União Europeia. Essa ameaça surge em resposta a uma tarifa de 50% sobre o uísque americano, que a Comissão Europeia anunciou em represália às tarifas impostas pelos EUA sobre aço e alumínio. A medida, se concretizada, aumentaria significativamente a guerra comercial entre as duas potências.

A guerra comercial entre os EUA e outros países do mundo, especialmente com potências econômicas como a China e a União Europeia, começou a ganhar forma logo após Trump assumir a presidência em 2017. Desde então, sua administração tem adotado uma postura agressiva contra os aliados comerciais dos EUA, impondo tarifas de importação como parte de sua estratégia para “reindustrializar” o país e reduzir o déficit comercial, que ele considera prejudicial à economia americana. A política conhecida como “America First” tem sido a principal base para muitas das ações comerciais de Trump.

Com a imposição de tarifas sobre aço e alumínio, a União Europeia não demorou a reagir. Em 2018, o bloco respondeu com tarifas retaliatórias sobre uma série de produtos norte-americanos, incluindo uísque, motocicletas Harley-Davidson e até jeans. Trump, que sempre se viu como um defensor do setor industrial dos EUA, considerou essas tarifas da UE como um golpe para os negócios americanos e, por isso, a escalada na disputa comercial foi inevitável.

O recente episódio, em que a Comissão Europeia anunciou novas tarifas contra os EUA, foi um reflexo dessa tensão acumulada. A UE se viu forçada a retaliar novamente após a decisão de Trump de impor tarifas sobre produtos metálicos e a possível imposição de novas restrições sobre as importações de carros europeus, uma medida que poderia afetar ainda mais a economia global. A UE, que é um dos maiores blocos econômicos do mundo, representa uma grande parte das exportações dos EUA, especialmente em setores como alimentos e bebidas, e isso tem gerado grandes incertezas sobre o impacto da guerra comercial nos mercados.

Trump, em sua resposta, foi direto: “A União Europeia, uma das autoridades tributárias e tarifárias mais hostis e abusivas do mundo, que foi formada com o único propósito de tirar vantagem dos Estados Unidos, acaba de impor uma desagradável tarifa de 50% sobre o uísque.” Ele usou a sua rede social Truth Social para avisar que, caso a tarifa sobre o uísque não seja retirada, os EUA aplicarão uma tarifa de 200% sobre vinhos, champanhes e outros produtos alcoólicos provenientes da França e de outros países representados pela UE. Segundo ele, essa medida seria benéfica para os negócios de vinho e champanhe nos Estados Unidos.

No entanto, a União Europeia não está disposta a ceder facilmente. A Comissão Europeia afirmou que continuará suas ações de represália e encerrará a suspensão temporária das tarifas sobre produtos americanos em 1º de abril. As novas tarifas, se não houver um acordo prévio, estarão em vigor até 13 de abril, intensificando a pressão sobre o comércio entre os dois lados.

Além da UE, a guerra comercial de Trump também inclui confrontos com a China, um dos maiores parceiros comerciais dos EUA. A relação comercial com a China se deteriorou rapidamente quando Trump impôs tarifas pesadas sobre produtos chineses, com o objetivo de reduzir o déficit comercial e forçar a China a reformar suas práticas comerciais. Isso levou a uma série de rodadas de negociações entre as duas maiores economias do mundo, mas até hoje não há um acordo definitivo. O impacto dessa guerra com a China também foi sentido globalmente, já que muitos países dependem do comércio com ambas as nações.

Dentro dos Estados Unidos, a política tarifária de Trump é vista com uma mistura de apoio e críticas. Enquanto muitos consideram que as tarifas são necessárias para proteger a indústria americana e criar empregos no país, outros afirmam que as tarifas acabam prejudicando os consumidores, que passam a pagar mais por produtos importados. Além disso, a decisão de se envolver em uma guerra comercial com grandes potências pode afetar as cadeias globais de suprimentos, levando a um aumento nos preços e afetando a economia mundial.

A guerra comercial de Trump é um reflexo de uma abordagem mais protecionista e nacionalista no comércio global, algo que contrasta com a era de globalização que dominou as últimas décadas. Essa estratégia tem gerado divisões entre aliados tradicionais dos Estados Unidos, como a União Europeia, e alimentado o aumento de tensões econômicas que podem ter consequências duradouras.

O impacto dessa disputa é claramente visível nos mercados financeiros, que reagiram com quedas nas ações das empresas de bebidas alcoólicas europeias, como resultado da ameaça de Trump. Por outro lado, os fabricantes americanos de vinho e champanhe podem se beneficiar caso as tarifas sejam implementadas, pois isso provavelmente aumentará a demanda interna por esses produtos.

A guerra comercial entre os EUA e a União Europeia, portanto, continua a evoluir, e os próximos meses serão cruciais para determinar se haverá uma escalada ou se ambos os lados conseguirão negociar um acordo para evitar danos maiores às economias globais.

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