A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou nesta segunda-feira (8) uma nota oficial para se posicionar diante da polêmica envolvendo um comentário feito nas redes sociais por Marcos Dantas Loureiro, professor aposentado da instituição. A declaração, publicada após uma postagem sobre a filha de cinco anos de Roberto Justus com uma minibolsa de luxo, dizia “só guilhotina” — o que foi interpretado como incitação à violência e gerou forte repercussão.
Diante da ameaça de processo anunciada por Justus e sua esposa, Ana Paula Siebert, a UFRJ esclareceu que Loureiro está aposentado desde 2022 e que suas postagens são de caráter pessoal, não representando a universidade nem sua Escola de Comunicação (ECO), onde atuava.
Em nota, a instituição repudiou “qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros” e reafirmou seu compromisso com valores democráticos e humanistas. “A UFRJ é uma instituição pública comprometida historicamente com a construção de um projeto de nação através do conhecimento e da ciência. Baseia-se na defesa dos valores humanistas, na educação, na democracia e no diálogo em prol do Brasil”, declarou.
A universidade também reforçou que não compactua com discursos de ódio, mesmo quando emitidos por membros já desligados de seu corpo docente. O comentário em questão já havia sido apagado, mas continua circulando em prints nas redes sociais.
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Roberto Justus e Ana Paula Siebert rebatem ameaças à filha de cinco anos
O empresário Roberto Justus, 70, e a influenciadora Ana Paula Siebert, 37, confirmaram terem acionado sua equipe jurídica para iniciar um processo legal. A medida ocorre após um indivíduo sugerir, em redes sociais, que a filha do casal, Vicky, de cinco anos, deveria ser alvo de guilhotina. O comentário foi feito em uma foto onde a criança aparece com os pais segurando uma bolsa da grife Fendi, avaliada em R$ 14 mil.
O conteúdo do comentário rapidamente viralizou, embora tenha sido posteriormente apagado. Prints da postagem, no entanto, continuam a circular online. O casal identificou o autor do comentário como um professor universitário. Não há informações públicas sobre o registro de um boletim de ocorrência formal.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Ana Paula Siebert e Roberto Justus se pronunciaram sobre o ocorrido. Justus defendeu a filha, destacando a irrelevância do valor do acessório: “Ela [Vicky] apareceu com uma bolsinha que, inclusive, nós nem compramos. Ainda que tivéssemos comprado, não cabe julgar. O julgamento extrapolou o bom senso”.
Ana Paula Siebert enfatizou a gravidade da mensagem: “É instigar a morte, o ódio, é inaceitável. Por isso que estamos falando, porque é inaceitável. Se a gente começa a assinar embaixo que a internet é a terra de ninguém, que todo mundo pode falar o que quiser e escrever o que quiser, não é assim que funciona”.
Ambos afirmaram que a ação legal visa estabelecer um precedente. “Já acionei todo o corpo jurídico. Não vou aceitar ameaças à minha família, não tem o menor cabimento. Eu tenho muita pena dessa gente que tem um amargor desse tamanho no coração. Nós vamos tomar as providências”, declarou o empresário.