Um avião pousou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, trazendo uma carga que pode salvar milhares de vidas. Foram mais de um milhão de doses da vacina contra a dengue, importadas pelo Ministério da Saúde, que chegaram ao Brasil em meio a um dos momentos mais preocupantes do país no combate ao mosquito Aedes aegypti.
A vacina, fabricada na Alemanha por um laboratório japonês, veio da Irlanda e desembarcou em 61 volumes, com um peso bruto de mais de 40 mil quilos. Todo o processo de liberação foi feito de forma ágil, graças à política de prioridade da Receita Federal para produtos essenciais como vacinas e remédios. No dia seguinte à chegada, já no dia 10 de abril, a carga foi liberada rapidamente por meio do canal verde e despacho expresso. As doses foram levadas para câmaras frias no próprio aeroporto, com temperatura controlada entre 2 e 8 graus Celsius, para garantir a eficácia do imunizante.
Mas afinal, o que é a dengue e por que ela causa tanta preocupação?
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela chikungunya e pelo zika vírus. Esses três nomes assustam qualquer brasileiro, principalmente nas épocas de calor e chuva, quando o mosquito se multiplica com mais facilidade.
A dengue pode causar febre alta, dores no corpo, dor de cabeça, mal-estar, náuseas, manchas vermelhas na pele e, nos casos mais graves, hemorragias e até a morte. Já a chikungunya também provoca febre e dores intensas nas articulações, que podem durar meses. O zika vírus é ainda mais perigoso para grávidas, pois está relacionado à microcefalia em bebês, uma malformação congênita grave.
Todas essas doenças são transmitidas da mesma forma: através da picada do Aedes aegypti, um mosquito que se desenvolve em locais com água parada, como vasos de plantas, pneus velhos, garrafas, calhas e caixas d’água mal tampadas. Por isso, a prevenção também passa pelo cuidado com o ambiente onde vivemos.
Agora, com a chegada das vacinas, o Brasil dá mais um passo na proteção da população. A vacina contra a dengue é recomendada principalmente para os grupos prioritários, que incluem crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, especialmente em cidades com alta incidência da doença. Esse público foi escolhido porque apresenta grande número de hospitalizações e porque é nessa faixa etária que os casos mais graves têm se concentrado nos últimos anos.
O esquema vacinal prevê duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A aplicação será feita gratuitamente pelo SUS, e a distribuição será coordenada entre estados e municípios, seguindo os critérios definidos pelo Ministério da Saúde com base na incidência da doença em cada região.
O governo federal reforça que, mesmo com a vacina, é fundamental manter os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. Isso significa acabar com focos de água parada, usar repelente, colocar telas em janelas e, principalmente, manter a atenção redobrada em casas, escolas, comércios e terrenos baldios.
O Brasil enfrenta um aumento expressivo nos casos de dengue em 2025, com vários estados em situação de emergência. Por isso, a chegada dessas doses representa esperança e alívio para muitas famílias. A vacinação é mais uma ferramenta importante no combate à dengue, mas a luta só será vencida com a participação de toda a população.
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