Mato Grosso do Sul, 5 de julho de 2025
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Vacina nacional contra mpox é prioridade da Rede Vírus

No momento, a pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção, verificando a obtenção de matéria-prima para atender a demanda em grande escala
Pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção
Pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção

Desde a primeira emergência global por mpox, há 2 anos, o Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolve um imunizante brasileiro capaz de prevenir a infecção. Em nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou que a iniciativa é uma das prioridades da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia criado para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.

No dia 14, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou emergência em saúde pública de importância internacional em razão do aumento de casos e do surgimento de uma nova variante no continente africano. Dados do Ministério da Saúde indicam que, este ano, 709 casos da doença foram identificados no Brasil, sendo que nenhum, até o momento, provocado pela nova variante.

De acordo com o MCTI, em 2022 o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou para a UFMG material conhecido como semente do vírus da mpox, uma espécie de ponto de partida para o desenvolvimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), matéria-prima utilizada na produção do imunizante. 

“No momento, a pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção, verificando a obtenção de matéria-prima para atender a demanda em grande escala”, informou o ministério.

A dose brasileira, segundo a pasta, é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente, até que perdesse completamente a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos, como o ser humano.

Outras vacinas

De acordo com a OMS, existem, atualmente, duas vacinas disponíveis contra a mpox. Uma delas, a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinarmaquesa Bavarian Nordic, também é composta pelo vírus atenuado e é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.

O segundo imunizante é o ACAM 2000, fabricado pela farmacêutica norte-americana Emergent BioSolutions, mas com diversas contra indicações, além de mais efeitos colaterais, já que é composta pelo vírus ativo, “se tornando assim, menos segura”, conforme avaliação do próprio MCTI.

Com a declaração de emergência global anunciada pela OMS, o Ministério da Saúde anunciou que negocia a compra de 25 mil doses da Jynneos junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Desde 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses do imunizante e aplicou 29 mil.

Como acontece a transmissão?

A mpox é uma doença viral que pode ser transmitida de várias maneiras. As principais formas de transmissão são:

  • Contato com feridas: pode ocorrer através do contato direto com as lesões cutâneas de uma pessoa;
  • Fluidos corporais: pode ser transmitida por meio do contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada, como sangue, saliva, urina ou secreções respiratórias;
  • Objetos contaminados: pode se espalhar através do contato com objetos, roupas de cama, toalhas ou superfícies contaminadas com o vírus;
  • Contato com animais infectados: transmissão zoonótica, ou seja, de animais para humanos, pode ocorrer através do contato com animais selvagens infectados, especialmente roedores e primatas.

Quem está mais vulnerável?

Indivíduos imunocomprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, pacientes em tratamento de câncer, receptores de transplantes de órgãos ou aqueles em terapia imunossupressora, estão em maior risco de complicações graves devido à capacidade reduzida de combater infecções.

Nesses indivíduos, a Mpox pode se apresentar com maior gravidade, e o curso da doença pode ser mais longo e difícil de tratar.

Além desse público, crianças, profissionais de saúde também estão entre os mais vulneráveis à infecção.

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