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Mato Grosso do Sul, 19 de maio de 2024
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VÍDEO: Exército de Israel divulga imagens de dezenas de tanques entrando em Rafah

Forças de Defesa de Israel iniciaram na terça-feira (7) uma incursão terrestre em Rafah, cidade da Faixa de Gaza que faz fronteira com o Egito, onde realiza bombardeios e busca eliminar alvos do Hamas

As Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram nesta quarta-feira (8) imagens da incursão terrestre em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza considerada o último refúgio de mais de 1 milhão de palestinos na guerra contra grupo terrorista o Hamas.

Nas imagens, é possível ver uma divisão com dezenas de tanques se movimentando por terra e entrando em Rafah, pelo leste da cidade, em invasão à cidade iniciada na madrugada de terça (7).

Israel e Hamas estão em guerra desde o dia 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista atacou o território israelense deixando cerca de 1.200 mortos. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel realizam uma ofensiva na Faixa de Gaza para eliminar o grupo, o que causou a morte de quase 35 mil palestinos até o momento, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Para justificar a invasão na cidade, Israel afirma que Rafah é o último bastião do Hamas na Faixa de Gaza e, portanto, o último front de batalha para completar sua guerra contra o grupo terrorista.

A FDI informou ainda nesta quarta que eliminou o comandante da Unidade Naval do Hamas, Ahmed Ali, em bombardeio em Rafah realizado em operação conjunta com o Serviço de Segurança Interna de Israel (ISA), com base em informações da Marinha israelense e do ISA.

Durante a guerra, Ahmed Ali foi responsável por ataques ao território israelense e contra tropas terrestres de Israel operando em Gaza, intensificados na semana passada, segundo a FDI.

Os Estados Unidos, maior aliado de Israel, são contra uma operação em larga escala do exército israelense em Rafah porque não houve um plano humanitário adequado para a população que se refugiou na cidade durante a guerra, segundo o porta-voz da Secretaria de Estado, Matthew Miller.

Como represália à entrada em Rafah, os EUA interromperam o envio de bombas para Israel na semana passada, segundo a imprensa americana. Ao mesmo tempo, o porta-voz da Casa Branca, JohnKirby, disse acreditar que a operação israelense na cidade é “limitada”.

Operação terrestre

Nesta terça-feira (7), Israel tomou o controle do lado palestino da travessia de Rafah, na cidade palestina que faz fronteira com o Egito no sul de Gaza e é o último refúgio de mais de 1 milhão de refugiados da guerra. De acordo com a agência Reuters, tanques israelenses bloquearam a passagem.

Na segunda-feira (6), as Forças de Defesa de Israel haviam ordenado que refugiados do leste da cidade de Rafah deixassem a região. A evacuação dos refugiados fazia parte da “preparação para uma operação terrestre na região”, disse o porta-voz da FDI, Daniel Hagari.

A operação terrestre afetou a entrada de ajuda humanitária em Gaza para atender a população, mas a passagem de Kerem Shalom foi reaberta nesta quarta (8). A ajuda aos palestinos chega ao território em Rafah exclusivamente via Egito.

Entre as imagens que marcaram a invasão israelense a Rafah, um tanque de guerra atropelou e destruiu uma placa com a inscrição “I love Gaza” (eu amo Gaza, em inglês). O vídeo foi gravado pelos próprios militares das Forças de Defesa de Israel. 

O local é considerado o último refúgio para mais de 1 milhão de palestinos de todas as regiões da Faixa de Gaza que tiveram que abandonar suas casas e migrar para o sul por conta da guerra a campanha militar israelense iniciou ataques ao norte do território e seguiu ao sul.

Porta de entrada de ajuda

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, a cidade serviu como o principal ponto de comunicação de Gaza com o restante do mundo.

Rafah tem servido como a porta de entrada da maior parte da ajuda humanitária para os palestinos, e foi ponto saída dos estrangeiros que estavam em Gaza e recebiam autorização para deixar o território — além de reféns libertados pelo Hamas durante o cessar-fogo de novembro de 2023.

Com o avanço da guerra, Rafah começou a receber muitos refugiados e viu sua população explodir de cerca de 280 mil pessoas para 1,5 milhão, que se alocaram provisoriamente em tendas.

Último refúgio

Por meio de um comunicado nas redes sociais, Israel pediu para que os moradores deixem a região leste de Rafah e se dirijam a Al-Mawasi, uma cidade vizinha, também na Faixa de Gaza, onde Israel disse ter criado uma zona humanitária com hospitais de campanha, tendas, alimentos e água.

O governo local, controlado pelo Hamas, afirmou que as tropas israelenses fizeram nesta segunda-feira os primeiros bombardeios à cidade, na parte leste.

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