Mato Grosso do Sul, 13 de junho de 2025
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

VÍDEO: Tragédia nos Céus da Índia: sobrevivente caminha entre destroços após queda de avião com mais de 200 mortos

Voo AI171 da Air India cai momentos após decolagem; única vítima encontrada com vida sai andando de aeronave em meio a corpos e destruição
Mais de 200 corpos foram localizados até o momento
Mais de 200 corpos foram localizados até o momento

A manhã de quinta-feira, 12 de junho, começou como qualquer outra no movimentado Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad, no oeste da Índia. O Boeing 787-8 Dreamliner da Air India, operando o voo AI171 com destino a Londres, decolou pontualmente às 10h03, levando a bordo 230 passageiros e 12 tripulantes. O que deveria ser uma viagem de rotina se transformou, em menos de um minuto, em uma tragédia de proporções devastadoras.

A aeronave subiu pouco mais de 1.000 pés quando, segundo registros da torre de controle, emitiu um sinal de socorro e cessou todas as comunicações. Testemunhas no solo relataram ter ouvido um estrondo, seguido de uma sequência de explosões. Em questão de segundos, colunas densas de fumaça preta podiam ser vistas a quilômetros de distância, sinalizando a queda do avião em uma área densamente povoada da cidade.

Sobrevivente caminha em meio ao caos

Em um cenário de corpos carbonizados, destroços em chamas e prédios em colapso, um único homem apareceu andando entre as ruínas. Vishwash Kumar Ramesh, de 38 anos, cidadão britânico, estava sentado no assento 11A, junto à janela, próximo à saída de emergência na primeira fileira da classe econômica. Ele foi encontrado vivo, desorientado, coberto de poeira e fuligem, caminhando com dificuldade até uma ambulância.

“Logo após a decolagem, houve um barulho muito alto e tudo tremeu. O avião caiu. Eu não entendi nada, só me levantei e corri. Vi corpos ao meu redor, pedaços do avião, fogo em todos os lados. Fui agarrado por alguém e levado para o hospital”, relatou ele, com ferimentos no tórax, nos olhos e nos pés. Segundo informou, viajava com o irmão, Ajay Kumar Ramesh, de 45 anos, que estava em outro assento e permanece desaparecido.

Impacto em área residencial aumenta número de vítimas

O local da queda é um bairro residencial e hospitalar, onde funcionava um alojamento de médicos residentes vinculado a uma universidade de medicina. No momento do impacto, pelo menos 60 pessoas estavam no refeitório do prédio. Parte da fuselagem traseira do avião atingiu em cheio o imóvel, provocando incêndio imediato, desabamento parcial da estrutura e pânico entre os moradores.

Equipes de resgate, bombeiros e voluntários chegaram minutos após o acidente. Diante da escassez de ambulâncias, muitos corpos foram removidos em carrinhos de mão e veículos particulares. O calor intenso das chamas dificultou o acesso aos destroços durante as primeiras horas. Vários corpos estavam irreconhecíveis.

Até o momento, 204 mortos foram confirmados oficialmente. Outros 41 feridos permanecem internados, muitos em estado grave. Autoridades estimam que o número de vítimas possa aumentar à medida que as buscas avançam entre os escombros.

Diversidade internacional entre os passageiros

A bordo do voo estavam passageiros de diversas nacionalidades. Segundo a Air India, 169 eram cidadãos indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense. O voo ligava Ahmedabad a Londres com escala em Nova Délhi. O governo de Portugal confirmou que três de seus cidadãos constam na lista de desaparecidos.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, decretou luto nacional por três dias e mobilizou as forças de resgate do exército para apoiar nas operações. O Reino Unido também ofereceu assistência humanitária e técnica. Em Londres, o governo britânico criou uma central de apoio a famílias das vítimas no aeroporto de Heathrow.

Suspeitas iniciais: falha mecânica, ingestão de aves ou erro humano

A Direção Geral de Aviação Civil da Índia (DGCA) iniciou imediatamente as investigações, em colaboração com a Boeing e com a Rolls-Royce, fabricante dos motores Trent 1000 que equipavam a aeronave. O capitão do voo, Sumeet Sabharwal, tinha mais de 8.200 horas de voo registradas, sendo considerado um dos mais experientes da frota. O copiloto era considerado em fase avançada de treinamento, com 1.100 horas.

Fontes da DGCA indicaram que a aeronave sofreu uma perda repentina de potência em um dos motores segundos após a decolagem, o que pode ter levado à queda. A hipótese de ingestão de aves na turbina também é considerada, dado que a região ao redor do aeroporto tem histórico de presença de urubus e outras aves de grande porte. Imagens mostram uma nuvem de fumaça e fogo na parte esquerda da fuselagem, o que pode sugerir explosão interna antes do impacto.

A caixa-preta já foi localizada e está sendo analisada por peritos em Nova Délhi. A expectativa é que as gravações dos sistemas e da cabine tragam esclarecimentos nas próximas semanas. A Boeing informou, por nota, que está comprometida a colaborar com total transparência e agilidade na apuração.

Segurança aérea e consequências geopolíticas

A queda do voo AI171 representa um abalo significativo para a Air India, que nos últimos anos buscava recuperar sua imagem no mercado internacional. Desde sua privatização em 2022 e a aquisição pelo grupo Tata, a companhia havia anunciado uma série de investimentos em modernização da frota, protocolos de segurança e renovação de aeronaves.

Organismos internacionais de aviação, como a IATA e a ICAO, acompanharão de perto o caso, dado o impacto global do acidente e o envolvimento de passageiros de diversos países. O incidente reacende o debate sobre a manutenção de aeronaves e a infraestrutura aeroportuária na Índia, um país com crescimento acelerado do transporte aéreo, mas desafios operacionais ainda relevantes.

Luto, comoção e busca por respostas

No hospital municipal de Ahmedabad, dezenas de famílias aguardam notícias de parentes desaparecidos. Em centros improvisados de identificação de corpos, há filas e desespero. Alguns corpos não poderão ser reconhecidos sem exames de DNA. A tragédia mobilizou voluntários, psicólogos, equipes médicas e lideranças religiosas de diferentes crenças.

No Reino Unido, uma vigília foi realizada em Leicester, cidade com uma das maiores comunidades indianas da Europa, em homenagem às vítimas britânicas do voo. Mensagens de solidariedade foram compartilhadas por autoridades de Portugal, Canadá e da União Europeia.

O que vem a seguir

O governo indiano promete acelerar as investigações e reforçar a fiscalização sobre companhias aéreas operando em rotas domésticas e internacionais. Novas diretrizes de segurança estão em avaliação. A Air India afirmou que cobrirá integralmente os custos de traslado dos corpos, compensações às famílias e apoio psicológico de longo prazo.

O acidente do voo AI171 será lembrado como um dos mais trágicos da história recente da aviação civil na Ásia. Em meio à dor e ao luto, permanece a urgência por respostas claras, responsabilidades definidas e melhorias concretas na segurança aérea, para que catástrofes como esta não se repitam.

#TragédiaNaÍndia #VooAI171 #AcidenteAéreo #AirIndia #Sobrevivente11A #InvestigaçãoAeronáutica #LutoNacional #AviaçãoCivil #QuedaDeAvião #SegurançaNosCéus #VítimasDoVoo #SolidariedadeInternacional


Suas preferências de cookies

Usamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso.