Um assassinato digno de cena de filme de terror paralisou os moradores do bairro Cidade Morena, na região das Moreninhas, sul de Campo Grande, na tarde desta terça-feira. Moraci Pereira Brandão, já conhecido no meio policial, foi brutalmente assassinado a tiros, dentro do próprio carro, por pistoleiros mascarados de palhaço.
O crime aconteceu por volta das 17h, quando a vítima trafegava pelas ruas do bairro. Segundo testemunhas, o carro de Moraci foi cercado por um Volkswagen Gol branco ou cinza, de onde os atiradores desceram, disparando várias vezes contra ele.
Logo após os tiros, os assassinos fugiram rapidamente do local, enquanto moradores, assustados, acionavam a polícia e o socorro médico.
Vídeos gravados minutos após o crime mostram o homem agonizando dentro do veículo, coberto de sangue, enquanto uma mulher, desesperada, tentava incentivá-lo a resistir:
“Você vai ficar bem, meu véio! Respira, amor, respira!”, gritava a mulher, tentando salvar a vítima.
No entanto, devido à gravidade dos ferimentos, Moraci não resistiu e morreu antes da chegada do socorro.
Criminosos Queimam Carro Usado no Ataque
A ação criminosa foi meticulosamente planejada. Depois da execução, os pistoleiros fugiram em alta velocidade e, minutos depois, o Volkswagen Gol utilizado no ataque foi encontrado totalmente incendiado em uma rua do Jardim Itamaracá, também na região sul da cidade.
A tática de queimar o carro é comum em crimes encomendados, pois apaga digitais e provas que poderiam levar à identificação dos assassinos. O fato de os atiradores estarem usando máscaras de palhaço reforça a suspeita de que eles não queriam ser identificados de forma alguma, o que indica premeditação e organização.
Quem Era Moraci Brandão?
O nome de Moraci Pereira Brandão não era estranho para a polícia. Ele já havia sido investigado e estava ligado a diversos crimes ao longo dos anos.
Além disso, seu nome ficou marcado por uma tragédia pessoal, quando sua filha, Jéssica Brandão, morreu aos 17 anos, em abril de 2021.
Na época, a polícia encontrou cocaína no quarto da jovem e investigava a hipótese de que ela teria sofrido uma overdose. O então namorado da adolescente admitiu que os dois haviam consumido drogas em uma festa antes da morte dela.
Moraci, por sua vez, negou qualquer envolvimento com o tráfico e afirmou que não sabia que a filha usava entorpecentes. No entanto, o caso levantou suspeitas sobre o que realmente acontecia nos bastidores da vida dele.
Polícia Trabalha com Hipótese de Acerto de Contas
Com base no modus operandi da execução, a polícia já descarta a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte) e acredita que o crime esteja relacionado ao histórico de Moraci.
A execução com múltiplos tiros, a queima do veículo e o uso de máscaras para ocultar a identidade dos atiradores indicam que a ação foi meticulosamente planejada e que os pistoleiros tinham um alvo específico.
As investigações estão sendo conduzidas pela 4ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, e o delegado responsável deve divulgar mais detalhes em coletiva de imprensa ainda nesta tarde.
A Coordenadoria Geral de Perícias já analisou os laudos do local do crime e está cruzando informações para tentar identificar os suspeitos.
Enquanto isso, a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros seguem em diligências pela cidade, buscando imagens de câmeras de segurança e possíveis testemunhas que possam ajudar a esclarecer a identidade dos atiradores.
Moradores Vivem Clima de Medo na Região
A execução de Moraci aumentou o clima de insegurança na região das Moreninhas. Moradores relatam que a violência tem crescido nos últimos meses e que esse tipo de crime não é comum no bairro.
“A gente fica assustado. Você tá indo trabalhar, voltando pra casa, e pode acabar no meio de um tiroteio desse. Nunca vi nada assim por aqui”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.
Outros moradores afirmam que o tráfico de drogas na região tem crescido e que esse tipo de execução pode estar relacionado a disputas entre facções criminosas.
Polícia Pede Ajuda da População
A Polícia Civil reforça que qualquer informação que ajude a identificar os autores do crime pode ser repassada anonimamente pelo telefone 181 (Disque-Denúncia) ou pelo 190.
O caso segue sob investigação, e mais detalhes podem ser divulgados nas próximas horas.
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