Eduardo Seganfredo Vasconcelos, de 19 anos, confessou à Polícia Civil de São Paulo que planejou e participou do assalto à casa da família Biancardi, em Cotia, na Grande São Paulo. O jovem é vizinho das vítimas e tinha a intenção de “roubar os sogros do Neymar”.
Os detalhes do depoimento foram divulgados pelo portal Metrópoles. A confissão de Eduardo ocorreu ainda na manhã de terça-feira, 7, horas após o crime e ele ser preso em flagrante.
Na ocasião, Bruna Biancardi, mãe da caçula do jogador Neymar, não estava em casa com a filha Mavie. Mas seus pais, Telma Fonseca Ribeiro, de 50 anos, e Edson Ribeiro, de 52, foram feitos reféns, e tiveram mãos e pés amarrados, por cerca de meia-hora.
Eduardo Seganfredo contou à polícia que planejou o crime na noite de segunda, 6. Naquele dia, ele se encontrou com dois comparsas, identificados pelos apelidos de “Urso” e “Europa” para definir o assalto. Os três estiveram em um bar na zona oeste da cidade de São Paulo.

O mecânico Eduardo Seganfredo Vasconcelos, de 19 anos, tem passagens por tráfico de drogas, já foi condenado por vender crack e havia deixado a cadeia há pouco menos de um ano.
Eduardo foi detido pela primeira vez no dia 17 de dezembro de 2021, a apenas 13 dias de completar 18 anos. Na ocasião, ele foi acusado de ato infracional análogo ao tráfico de drogas.
Seis meses depois, já maior de idade, ele foi preso em Avaré, no interior paulista, onde foi flagrado vendendo cocaína e crack na tarde de 23 de junho de 2022. A cidade fica a mais de 240 quilômetros de Cotia, na Grande São Paulo, cidade em que o suspeito morava com a mãe e o padrasto a 300 metros da casa dos pais de Bruna Biancardi, em condomínio de luxo.
Segundo o boletim de ocorrência, policiais militares decidiram abordá-lo na Rua Manduri, localizada no Parque Industrial Jurumirim, em Avaré, ao notar que o jovem tentou esconder uma pochete que estava na sua mão. Eram 16h10.
Na pochete, os PMs encontraram 23 porções de cocaína, embaladas em sacos plásticos, e 128 de crack – estas, vendidas a R$ 10 cada –, além de R$ 92 em cédulas. Eduardo não manifestou resistência aos policiais, confessou que havia viajado para traficar drogas e foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César.