Mato Grosso do Sul, 22 de abril de 2025
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Zeca do PT rebate pedido de exoneração de servidor feito por Coronel David e questiona silêncio sobre ameaças contra Lula

Polêmica entre deputados em Mato Grosso do Sul esquenta os bastidores da política com acusações e troca de farpas sobre declarações polêmicas nas redes
Imagem - Assessoria Parlamentar/ALEMS
Imagem - Assessoria Parlamentar/ALEMS

Na manhã desta terça-feira, 15 de abril, os bastidores políticos de Mato Grosso do Sul pegaram fogo após uma fala polêmica na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Zeca do PT reagiu com firmeza a uma declaração do também deputado estadual Coronel David, do PL, que pediu a exoneração do chefe do Departamento de Trânsito de Guia Lopes da Laguna, Gabriel Meireles.

A razão do pedido foi uma publicação feita por Gabriel Meireles nas redes sociais, onde ele teria desejado a morte do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está internado após uma cirurgia. O episódio gerou forte repercussão e indignação por parte dos parlamentares aliados ao ex-presidente, mas também provocou uma reação imediata do deputado petista.

Zeca do PT não deixou barato e subiu o tom ao responder no plenário. Ele desafiou os colegas a fazerem um levantamento completo e igualitário de todos os servidores públicos de Mato Grosso do Sul que, em algum momento, desejaram a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, a punição precisa ser aplicada com o mesmo rigor para todos, sem dois pesos e duas medidas.

“A primeira parte da fala do Coronel David eu concordo, vamos fazer um levantamento completo: quantos servidores deste estado pediram a morte do Lula? Isso o Coronel David sabe”, afirmou Zeca, sem medir palavras.

A fala do deputado gerou murmúrios no plenário e também teve repercussão imediata nas redes sociais. Muitos usuários apontaram a aparente diferença de tratamento dado aos dois líderes políticos. Segundo algumas manifestações, ameaçar ou ofender o presidente Lula passou a ser algo normalizado em certos ambientes, enquanto qualquer crítica a Bolsonaro vira motivo de revolta e pedido de demissão.

Zeca foi além e voltou a questionar a versão oficial sobre a facada sofrida por Jair Bolsonaro em setembro de 2018, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Para o ex-governador, há muitas dúvidas que nunca foram esclarecidas de forma convincente.

“Um homem que abriu o abdômen 12 horas atrás já está caminhando no hospital? Tenho todo o direito de colocar isso em dúvida. Quando ele sofreu a tal da facada, não caiu uma gota de sangue, nunca vi isso”, disparou o deputado.

A fala inflamou ainda mais os debates. Enquanto a base bolsonarista acusava Zeca de espalhar teorias da conspiração e faltar com respeito a um ex-presidente da República, apoiadores do deputado petista destacaram que a indignação seletiva precisa acabar.

Moradores do interior do estado também comentaram o caso. Em Aparecida do Taboado, uma moradora escreveu nas redes: “Contra o Lula pode falar todo tipo de atrocidade, mas contra o alecrim dourado não”. A crítica ironizava o tratamento quase intocável que muitos dão a Jair Bolsonaro, mesmo diante de falas polêmicas ou atitudes controversas.

O caso ganhou ainda mais força após internautas recuperarem publicações de perfis ligados a policiais, professores e outros servidores públicos que, em momentos distintos, desejaram a morte do presidente Lula, alguns de forma explícita. No entanto, nenhum desses casos resultou em exoneração, processo disciplinar ou punições similares, o que reforça o argumento de Zeca sobre a desigualdade na aplicação das sanções.

Gabriel Meireles, alvo inicial da polêmica, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas fontes ligadas ao Detran afirmam que ele deve ser ouvido internamente e que o caso será avaliado conforme os trâmites legais. A assessoria do deputado Coronel David também não comentou a fala de Zeca até o fechamento desta matéria.

Enquanto isso, nas redes sociais, a discussão continua firme. Entre debates acalorados e trocas de farpas, cresce o apelo por mais coerência e equilíbrio no tratamento das questões públicas, principalmente quando envolvem servidores e declarações nas redes sociais.

Com a política nacional ainda polarizada, episódios como este mostram que o clima está longe de esfriar, e que qualquer declaração pode virar combustível para mais uma grande controvérsia no cenário político brasileiro.

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