Mato Grosso do Sul, 10 de maio de 2025
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Selena Gomez e as Deportações em Massa: A dor de ver sua comunidade sendo atacada

Meus avós a seguiram, e meu pai nasceu no Texas logo depois. Em 1992, eu nasci cidadã dos Estados Unidos graças à bravura e ao sacrifício deles
Selena Gomez chora com deportações nos Estados Unidos / Instagram
Selena Gomez chora com deportações nos Estados Unidos / Instagram

Em um momento de pura emoção e vulnerabilidade, Selena Gomez compartilhou um vídeo com seus seguidores no Instagram, onde, visivelmente abalada, desabafava sobre as deportações em massa que estavam acontecendo nos Estados Unidos. Em lágrimas, ela falava com a dor no coração, sentindo-se impotente diante da realidade cruel que tantas famílias estavam enfrentando, especialmente após a eleição de Donald Trump para a presidência.

Selena, que é México-americana por parte de pai, tem uma conexão muito pessoal com a questão da imigração. Ela sabe o que é ter uma família de imigrantes, e quando soube da caçada implacável aos indocumentados, que incluía até mesmo a invasão de escolas para prender crianças, ela simplesmente não conseguiu segurar as lágrimas. “Eu só queria dizer que sinto muito. Todo o meu povo está sendo atacado, as crianças. Eu não entendo. Sinto muito. Eu queria poder fazer algo, mas não posso. Eu não sei o que fazer. Vou tentar de tudo, eu prometo”, disse ela, desesperada, em um vídeo carregado de emoção.

O que estava por trás dessa angústia toda? Para muitos, essa cena era um reflexo da situação de milhares de famílias imigrantes que, embora não tivessem cometido crimes, estavam sendo separadas à força, suas vidas viradas de cabeça para baixo simplesmente por não terem a documentação necessária. Selena não estava apenas falando de números ou notícias distantes. Ela estava se referindo a pessoas como sua própria família.

Após postar o vídeo, Selena rapidamente o apagou, possivelmente por conta de uma reação negativa nas redes sociais. Ela enfrentou críticas de pessoas que não viam com bons olhos o fato de uma celebridade demonstrar tanta empatia por uma causa tão polêmica. Pouco depois, a cantora e atriz publicou uma legenda dizendo: “Aparentemente, não é certo demonstrar empatia pelas pessoas.” A fala foi interpretada por muitos como um recado direto aos que a criticaram, uma tentativa de mostrar que, mesmo diante do absurdo, ela se manteve fiel às suas convicções.

A atitude de Selena Gomez foi alvo de um comentário particularmente ácido de Piers Morgan, apresentador de talk show britânico, que escreveu em suas redes: “Postar você mesma chorando, por criminosos imigrantes ilegais sendo deportados é um novo nível de narcisismo absurdo de celebridade.” Morgan usou o termo “criminosos imigrantes ilegais”, mas falhou ao ignorar o fato de que, na maioria das vezes, as deportações afetavam trabalhadores, famílias e crianças inocentes que não tinham cometido nenhum crime, além de estarem em uma situação irregular no país.

A resposta de Piers Morgan, no entanto, foi prontamente criticada, especialmente ao se ignorar o contexto humano por trás das deportações. Não eram apenas “criminosos” que estavam sendo afetados, mas sim famílias inteiras que, por diversas razões, estavam vivendo nos Estados Unidos sem a documentação adequada. E essas famílias, muitas vezes, não representavam ameaça alguma, mas sim estavam buscando uma vida melhor, mais digna, em um país onde, ironicamente, muitos deles contribuíam arduamente para a economia.

Essa realidade foi muito próxima para Selena Gomez, que sempre foi aberta sobre a história de sua própria família. Em uma entrevista à revista Time, em 2019, ela revelou que a imigração ilegal havia moldado a história de sua família nos Estados Unidos. “Na década de 1970, minha tia cruzou a fronteira escondida na caçamba de um caminhão. Meus avós a seguiram, e meu pai nasceu no Texas logo depois. Em 1992, eu nasci cidadã dos Estados Unidos graças à bravura e ao sacrifício deles”, explicou. Selena contou ainda que, durante décadas, membros da sua família lutaram para obter a cidadania americana, e que ela se sente privilegiada por ter nascido em solo americano graças à luta dos seus parentes.

Mas, ao mesmo tempo, ela não consegue ignorar as dificuldades que muitos ainda enfrentam. Ela revelou que, ao ver as notícias e os debates sobre imigração, sente medo por aqueles que estão em situações semelhantes à da sua família. Para ela, a questão não é apenas política, mas sim humana. “Quando leio as notícias ou vejo debates sobre a raiva da imigração nas redes sociais, sinto medo por aqueles em situações semelhantes”, disse a atriz.

A história de Selena Gomez não é apenas a história de uma estrela da música e do cinema. Ela é a história de uma mulher que se conecta com sua raiz, com sua cultura e com as dificuldades de sua comunidade. Sua reação diante das deportações em massa não é só uma resposta de celebridade, mas sim uma expressão de empatia genuína por aqueles que estão sendo perseguidos, separados e marginalizados por um sistema implacável.

O vídeo de Selena, apesar de ter sido apagado rapidamente, mostrou o quanto a imigração é uma questão emocional e pessoal para ela, e revelou uma faceta mais vulnerável e humana de uma celebridade que, muitas vezes, é vista apenas como um ícone de glamour. Mas, no fundo, sua luta e sua voz se alinham com a de muitas outras pessoas que, como ela, são afetadas pelas duras realidades da imigração nos Estados Unidos.

Com ou sem o apoio de todos, Selena Gomez continuará a ser uma defensora da sua comunidade e daquilo que ela acredita ser justo. Ao fazer o que pôde, ela mostrou que, para ela, a verdadeira luta é pela dignidade e pelos direitos humanos, especialmente daqueles que muitas vezes não têm voz.

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