Na manhã desta sexta-feira (7), o céu de São Paulo foi marcado por uma tragédia de grandes proporções. Um avião de pequeno porte, modelo King Air, prefixo PS-FEM, perdeu o controle logo após decolar do Aeroporto Campo de Marte, e acabou caindo no bairro da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. O acidente resultou em duas mortes e deixou outras duas pessoas gravemente feridas. A comoção tomou conta dos moradores da região, enquanto as equipes de resgate corriam contra o tempo para socorrer as vítimas.
O avião, que se dirigia para um voo que deveria ter sido curto, perdeu contato com a torre de controle às 7h16, apenas três minutos após a decolagem. O cenário foi dramático: a aeronave colidiu com uma árvore ou um cabo de energia e, em seguida, explodiu ao atingir o solo, levantando uma coluna de fumaça densa que pode ser vista a quilômetros de distância. Pouco restou do avião, que foi quase totalmente consumido pelas chamas. A única parte que resistiu ao impacto foi a dianteira da aeronave, mas o estrago era evidente, com a fuselagem destruída.
Ao lado da área de impacto, um ônibus da Viação Santa Brígida, que fazia a linha 8.500-10 entre os terminais Barra Funda e Pirituba, também foi atingido pelo incêndio. A traseira e o interior do veículo ficaram gravemente danificados, mas, felizmente, os passageiros conseguiram escapar ilesos. A área onde o avião caiu fica próxima a um semáforo, e o risco de uma tragédia ainda maior foi iminente. Por sorte, o acidente aconteceu em um horário em que o tráfego na região não estava tão intenso, e o número de veículos parados foi menor do que o esperado.
O advogado Márcio Carpena, que estava a bordo da aeronave e também gravou imagens do momento da decolagem, postou as fotos nas redes sociais pouco antes do acidente. Ele estava ao lado do piloto Gustavo Medeiros quando o avião decolou, e, três minutos depois, a comunicação com a torre de controle foi perdida. As investigações iniciais apontam que, pouco depois da decolagem, o bimotor perdeu potência ou teve algum problema técnico que causou a falha na aeronave, mas os detalhes ainda precisam ser confirmados.
Investigação em andamento
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão responsável pelas investigações de acidentes aéreos no Brasil, já iniciou o trabalho de apuração das causas do acidente. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a Ação Inicial foi concluída no final da tarde desta sexta-feira. Os investigadores conseguiram remover os elementos essenciais para análise da ocorrência e liberaram a área. A Polícia Científica também segue trabalhando para apurar mais detalhes.
A FAB informou que, após a conclusão da Ação Inicial, os elementos cruciais para a investigação foram preservados, e a área foi liberada para os trabalhos subsequentes. Segundo o Cenipa, a investigação se concentrará na apuração dos fatores que contribuíram para a queda do avião. As autoridades informaram ainda que, de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica, a responsabilidade pela remoção dos destroços da aeronave é do operador ou proprietário do avião. A retirada dos destroços é feita para evitar danos ao meio ambiente e garantir a segurança da área.
A possibilidade de falha técnica no avião é uma das hipóteses levantadas, mas o Cenipa também investiga a possibilidade de erro humano ou de problemas com o combustível. A aeronave, um King Air bimotor de pequeno porte, era considerada uma opção segura para voos de curta distância, e a perda de contato logo após a decolagem chama a atenção das autoridades aeronáuticas.
O Painel Sipaer, uma plataforma desenvolvida pelo Cenipa, será uma das principais ferramentas para acompanhar os resultados da investigação. Nele, o público poderá acessar informações detalhadas sobre o andamento do caso e consultar o histórico de ocorrências aeronáuticas em todo o Brasil. O relatório final da investigação será divulgado assim que as análises estiverem concluídas, mas ainda não há previsão de quando ele será publicado.
O impacto na comunidade e a atenção das autoridades
Moradores da Barra Funda, assim como aqueles que estavam na região no momento do acidente, expressaram choque nas redes sociais. A proximidade do local da queda com áreas movimentadas da cidade causou apreensão, já que, por pouco, o acidente não resultou em mais vítimas. A explosão e o incêndio que se seguiram ao impacto geraram uma fumaça densa que foi visível por vários quilômetros, criando uma cena angustiante para quem estava na região.
Os passageiros do ônibus atingido, por sorte, não sofreram ferimentos graves, mas o susto foi imenso. A área ao redor foi isolada para garantir a segurança das equipes de resgate, que trabalharam rapidamente para controlar o fogo e retirar os destroços do local. A população, atenta à cobertura do acidente, acompanhou os detalhes que foram sendo divulgados ao longo do dia.
As investigações sobre o que exatamente causou a queda do avião e o incêndio que se seguiu continuam. A esperança é que a análise detalhada do Cenipa forneça respostas rápidas, para que medidas preventivas possam ser adotadas e evitar que tragédias como essa se repitam.
Com o trágico acidente, a aviação civil brasileira reforça a necessidade de investigações rápidas e eficazes para garantir a segurança de voos e a prevenção de desastres futuros. As equipes de resgate, investigadores e autoridades competentes seguem acompanhando o caso de perto, enquanto os familiares das vítimas aguardam respostas.
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