Mato Grosso do Sul, 10 de maio de 2025
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Ex vereador Claudinho Serra pode voltar para a prisão após polêmica com tornozeleira eletrônica

Juíza cobra explicações da Agepen sobre supostas violações do monitoramento enquanto Ministério Público avalia novo pedido de prisão
Vanda Camilo ao lado de genro, Claudinho Serra, apontado como chefe de esquema de corrupção em Sidrolândia. (Reprodução)
Vanda Camilo ao lado de genro, Claudinho Serra, apontado como chefe de esquema de corrupção em Sidrolândia. (Reprodução)

Uma reviravolta envolvendo o ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), colocou novamente seu nome no centro das atenções. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou à Justiça que o político teria violado as restrições da tornozeleira eletrônica e sugeriu sua prisão. No entanto, menos de 24 horas depois, a própria agência voltou atrás e disse que não houve qualquer irregularidade.

A situação despertou o interesse do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que solicitou explicações da Agepen para avaliar a possibilidade de um novo pedido de prisão contra Claudinho. Diante da contradição, a juíza Larissa Ribeiro Fiuza deu um prazo de 15 dias para que a Agepen esclareça o ocorrido e apresente um relatório detalhado sobre os últimos 12 meses de monitoramento do político.

O caso ganha ainda mais relevância porque Claudinho Serra é réu em uma investigação de corrupção em Sidrolândia. Ele foi preso no dia 3 de abril de 2024, acusado de chefiar um esquema ilícito durante sua atuação como secretário de Fazenda da cidade, enquanto sua sogra, Vanda Camilo (PP), exercia o cargo de prefeita. Após passar 23 dias detido, Claudinho foi liberado mediante o uso da tornozeleira eletrônica.

Em sua defesa, o advogado de Claudinho, Tiago Bunning, alegou que seu cliente não desrespeitou as condições da medida cautelar. Ele argumentou que as supostas violações poderiam ser resultado de falhas técnicas no monitoramento. A defesa também solicitou um relatório da Central de Monitoramento para comprovar que o político permaneceu em sua residência nos horários indicados como supostas saídas indevidas.

Outro nome envolvido no caso é Carmo Name Júnior, assessor de Claudinho, que também teria descumprido as regras do monitoramento. O fato lança ainda mais dúvidas sobre a precisão dos relatórios emitidos pela Agepen.

Ao prorrogar por mais seis meses o uso da tornozeleira eletrônica, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva destacou que os crimes atribuídos a Claudinho causaram “vultuoso dano ao erário”, prejudicando diretamente a sociedade. O magistrado ressaltou que, mesmo após a primeira fase da Operação Tromper, os atos ilícitos continuaram ocorrendo.

O MPMS argumenta que Claudinho Serra mantém forte ligação com a cúpula do PSDB e vive uma “dependência de cargos políticos”. Ele construiu sua trajetória ao lado de figuras influentes do partido.

O ex-vereador tentou se consolidar na política ao disputar sua primeira eleição em 2020, mas recebeu apenas 3.616 votos, terminando como segundo suplente do PSDB. Assumiu o cargo de vereador após uma série de movimentações dentro do partido. Inicialmente, entrou na Câmara de Campo Grande em maio de 2023 como suplente. Depois, garantiu o mandato definitivo quando Ademir Santana, o primeiro suplente, renunciou ao cargo um mês antes da deflagração da Operação Tromper.

Agora, com a polêmica em torno da tornozeleira eletrônica, Claudinho Serra volta a ser o centro das atenções e pode ter seu futuro político ainda mais comprometido. A decisão sobre um novo pedido de prisão dependerá da análise dos relatórios apresentados pela Agepen e da avaliação do Ministério Público.

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