O Brasil registrou um saldo recorde de 432 mil empregos formais em fevereiro, o melhor resultado da série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020. O levantamento divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego revelou que o saldo é fruto de 2,57 milhões de admissões e 2,14 milhões de desligamentos. O total de brasileiros com carteira assinada alcançou 47,78 milhões, evidenciando o reaquecimento econômico e a recuperação do mercado de trabalho.
O acumulado do primeiro bimestre de 2025 também impressiona: foram criadas 576 mil novas vagas com carteira assinada, superando as 480 mil do mesmo período em 2024. Em 12 meses, o saldo chegou a 1,78 milhão de empregos formais, refletindo um crescimento consistente e sustentável do mercado.
Expansão em todos os setores e regiões
Os cinco grandes setores econômicos apresentaram saldos positivos, liderados pelo setor de Serviços, que gerou 254,8 mil novos postos. A Indústria também teve um desempenho expressivo, com 69,8 mil novas vagas, seguida pelo Comércio (46,5 mil), Construção (40,8 mil) e Agropecuária (19,8 mil).
No recorte regional, todas as cinco regiões do Brasil também apresentaram crescimento. O Sudeste liderou com um saldo de 228 mil novas vagas, seguido pelo Sul (100 mil), Centro-Oeste (45,6 mil), Nordeste (37 mil) e Norte (20,7 mil). Em termos estaduais, São Paulo registrou o maior saldo de vagas, com 137,5 mil postos, seguido por Minas Gerais (52,6 mil) e Paraná (39,1 mil). Apenas Alagoas apresentou saldo negativo, com uma perda de 5,4 mil empregos formais.
Panorama das capitais e impacto nas cidades
As capitais também foram destaque na geração de empregos. São Paulo liderou o ranking com saldo positivo de 37,3 mil novas vagas, seguida pelo Rio de Janeiro (18,9 mil), Belo Horizonte (10 mil), Curitiba (10 mil) e Salvador (7,2 mil). Esses números mostram que as grandes cidades estão desempenhando um papel fundamental na recuperação do mercado de trabalho.
Outro dado relevante é o salário médio de admissão, que em fevereiro de 2025 foi de R$ 2.205,25, apontando um leve crescimento nos rendimentos dos trabalhadores.
Destaque para mulheres e jovens no mercado de trabalho
No saldo positivo de 432 mil vagas criadas em fevereiro, 229 mil foram ocupadas por mulheres e 202 mil por homens, demonstrando uma distribuição equilibrada da recuperação do emprego. A faixa etária com maior crescimento foi de 18 a 24 anos, com 170.593 novas contratações, refletindo uma ampliação das oportunidades para os jovens no mercado formal.
Tendências para o mercado de trabalho
Especialistas apontam que a recuperação do emprego formal está atrelada à estabilidade econômica e aos investimentos em setores estratégicos. O crescimento das vagas na Indústria e na Construção Civil, por exemplo, indicam um reaquecimento da economia impulsionado por projetos de infraestrutura e desenvolvimento urbano. Além disso, o setor de Serviços segue liderando a geração de empregos, impulsionado pelo turismo, educação e saúde.
A tendência é que o ritmo de crescimento continue nos próximos meses, com previsões otimistas para 2025. O Ministério do Trabalho e Emprego também anunciou que pretende ampliar as políticas de qualificação profissional, para garantir que mais brasileiros possam acessar oportunidades no mercado formal.
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