A sessão desta segunda-feira (27) é majoritariamente de perdas para as principais bolsas mundiais, no início da última semana de novembro. Ela será marcada por dados de inflação e do mercado de trabalho nos Estados Unidos, enquanto o Brasil contará com Caged e prévia da inflação, além da produção industrial.
Wall Street está saindo da quarta semana consecutiva de ganhos para os três principais índices, com as ações subindo desde que o rendimento do Tesouro de 10 anos recuou da marca de 5% que superou brevemente no final de outubro.
O principal indicador econômico da semana será divulgado na quinta-feira (30), o PCE, índice de preços de gastos com consumo nos EUA – indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed). O consenso LSEG projeta alta de 0,2% na comparação mensal.
Por aqui, agenda tem como destaque a divulgação, na terça-feira, do IPCA-15 de novembro. O dado tem previsão de 0,35% de aumento na comparação mensal pelo Bradesco enquanto o Itaú considera que a alta poderá ser de 0,29%, com queda da taxa anual para 4,8% dos 5,0% observados em outubro.
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa, em semana movimentada em termos de indicadores econômicos e comentários do Fed. Na segunda-feira, serão divulgadas as vendas de casas novas e a última Pesquisa de Manufatura do Fed de Dallas.
As leituras da confiança do consumidor e da inflação serão divulgadas no final da semana.
Os investidores ainda ficam de olho em atualizações sobre o início da temporada de compras natalinas após a Black Friday. Dados fracos sobre despesas podem sugerir que os aumentos das taxas do Fed estão finalmente a começar a pesar sobre a economia em geral.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), -0,12%
- S&P 500 Futuro (EUA), -0,16%
- Nasdaq Futuro (EUA), -0,17%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam no vermelho, com a queda do mercado chinês devido ao declínio nas empresas imobiliárias, enquanto a inflação de serviços do Japão atingiu o maior nível em 45 meses.
Os dados mostraram que o PPI de serviços do Japão subiu 2,3% em outubro, para seu nível mais alto desde janeiro de 2020 e mais do que a leitura do mês anterior de 2%.
Na segunda-feira, dados mostraram que os lucros industriais da China continuaram a diminuir em novembro, mas ao ritmo mais lento em quase um ano, de acordo com dados divulgados pelo governo .
A segunda maior economia do mundo divulgará na quinta-feira os números oficiais da atividade fabril de novembro, enquanto a pesquisa Caixin para a mesma métrica será divulgada na sexta-feira.
- Shanghai SE (China), -0,30%
- Nikkei (Japão), -0,53%
- Hang Seng Index (Hong Kong), -0,20%
- Kospi (Coreia do Sul), -0,04%
- ASX 200 (Austrália), -0,76%
Europa
Os mercados europeus iniciaram a semana no campo negativo, dias depois do índice Stoxx 600 da região ter atingido o seu nível mais alto desde 20 de setembro.
As ações de petróleo e gás caíram 0,7% com os futuros do petróleo negociado em baixa antes da reunião adiada da OPEP+, agora marcada para ser realizada virtualmente na quinta-feira.
- FTSE 100 (Reino Unido), -0,11%
- DAX (Alemanha), -0,03%
- CAC 40 (França), +0,05%
- FTSE MIB (Itália), -0,11%
- STOXX 600, -0,01%
Commodities
Os preços do petróleo operam em queda, enquanto os investidores aguardam a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) no final desta semana para um acordo para reduzir a oferta até 2024.
As cotações do minério de ferro na China fecharam com alta, apesar da cautela depois que o maior consumidor mundial, a China, emitiu alertas sobre o aumento da supervisão do mercado, e enquanto os investidores aguardavam detalhes do governo sobre estímulos relacionados ao setor imobiliário.
O minério de ferro de referência para dezembro, SZZFZ3, na Bolsa de Cingapura, caiu 1,17%, para US$ 132,3 a tonelada.
- Petróleo WTI, -0,66%, a US$ 75,04 o barril
- Petróleo Brent, -0,52%, a US$ 80,16 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,36%, a 980,5 iuanes, o equivalente a US$ 138,09
Bitcoin
- Bitcoin, -0,32% a US$ 37.398,01 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda da semana tem como destaque o IPCA-15 de novembro, com previsão de aumento 0,35% na comparação mensal pelo Bradesco enquanto o Itaú considera que a alta poderá ser de 0,29%, com queda da taxa anual para 4,8% dos 5,0% observados em outubro.
Na quarta-feira, a FGV apresentará o IGP-M e as sondagens de serviços e do comércio do mês de novembro. O dia será marcado pela apresentação dos dados de geração de emprego formal, pelo Caged, e os dados sobre mercado de trabalho são complementados, na quinta-feira, pela taxa de desemprego (PNAD Contínua).
Nos EUA, os próximos dias serão marcados pela apresentação da Conference Board com os dados da confiança do consumidor, na terça-feira. A semana toma força na quarta, com a divulgação da segunda leitura do PIB do 3º trimestre, com projeção LSEG de avanço de 5,0% na comparação trimestral, a Balança Comercial e do Livro Bege do Federal Reserve.
Na Zona do Euro, o primeiro dado de destaque a ser divulgado será o indicador de confiança na economia, com dados de novembro, na quarta-feira, assim como o índice de preços ao consumidor da Alemanha. O país divulgará sua taxa de desemprego de novembro na quinta-feira e o dia será marcado também pelo índice de preços ao consumidor e taxa de desemprego da Zona do Euro.
Na sexta, será a vez da apresentação do índice PMI S&P Global da indústria de transformação de novembro pela Zona do Euro, pelo Reino Unido e pela Alemanha.