O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou nesta quinta-feira que sempre suspeitou do envolvimento do ex-genro Romero Xavier na morte de sua filha, Raquel Maziero Cattani Xavier, de 26 anos, na casa dela, em Nova Mutum (MT), na última sexta-feira (19). Cattani disse que disfarçou a desconfiança para evitar que Xavier fugisse antes da prisão, ocorrida na noite de ontem.
Inclusive, segundo sua estratégia, ele havia defendido Romero Xavier em uma publicação nas redes sociais, dizendo que ele não era culpado. A postagem foi feita depois de o suspeito ter sido conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos logo depois do crime e ter sido liberado.
Romero Xavier permaneceu perto da família de Raquel Cattani depois de ter encomendado a morte dela ao irmão dele e foi preso cinco dias depois do crime
“Na verdade, sempre tivemos um pé atrás, pois a polícia também fez o que precisava ser feito. Precisávamos deixar as investigações seguirem para que pudéssemos ter êxito. O álibi que ele tinha era muito forte, tanto que ele não estava aqui. Não teve a capacidade sequer de fazer ele mesmo, de tão covarde que foi”, declarou o deputado ao Jornal da Cultura.
As investigações da Polícia Civil identificaram que Romero encomendou o crime ao irmão dele, Rodrigo Xavier, que já tinha passagens pela polícia e também foi preso ontem, com itens pessoais da vítima levados do local do assassinato.

O ex-marido da produtora rural foi ao velório de Raquel, chorou ao lado da família dela, e almoçou com o ex-sogro na data do assassinato. Ele também buscou os filhos e os levou para uma cidade vizinha, de modo que Raquel estivesse sozinho no momento do crime.
“Ele não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo, então por isso a polícia o liberou preliminarmente, mas precisávamos mantê-lo por perto”, afirmou Cattani.
Guarda dos netos
Além disso, o parlamentar informou que vai pedir a guarda dos netos de 3 e 6 anos, filhos de Raquel com Romero.
“Nós vamos pedir a guarda delas, vamos cuidar delas com todo carinho. São nossas sementes, nossos amores maiores. Vamos dar todo apoio, tudo que for necessário pra cuidar delas”, destacou o deputado.
A Polícia Civil descreveu Romero como um homem possessivo e a motivação do crime foi não aceitar a separação.