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Mato Grosso do Sul, 20 de maio de 2024
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Biden promete retaliar mortes de soldados americanos na Jordânia

Essa foi a primeira vez que soldados americanos são mortos no Oriente Médio desde que as tensões se acirraram na região devido à guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo Hamas
Presidente norte-americano, Joe Biden
Elizabeth Frantz
Presidente norte-americano, Joe Biden Elizabeth Frantz

“Vamos responder”, declarou Biden durante uma viagem ao estado da Carolina do Sul. “Hoje, os Estados Unidos têm o coração pesado. Na noite passada, três militares americanos foram mortos e muitos ficaram feridos em um ataque com drones contra as nossas forças baseadas no nordeste da Jordânia, perto da fronteira síria”, indicou paralelamente um comunicado da presidência. 

“Perdemos três almas valentes”, afirmou Biden. O presidente também atribuiu a culpa a “grupos de combatentes radicais apoiados pelo Irã, atuando na Síria e no Iraque”. “Não tenham nenhuma dúvida: vamos cobrar de todos os responsáveis, quando e como quisermos”, reiterou o líder democrata.

Essa foi a primeira vez que soldados americanos são mortos no Oriente Médio desde que as tensões se acirraram na região devido à guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo Hamas. O incidente suscita o temor de uma extensão do conflito a outros países da região, especialmente ao Irã, de quem Tel Aviv é um inimigo histórico. 

Segundo o Comando Militar dos Estados Unidos no Oriente Médio (Centcom), o ataque matou três militares e feriu outras 34 pessoas na base americana. No local, cerca de 350 integrantes do Exército e da Aeronáutica do países asseguram missões de apoio, como a luta da coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico. 

Aliança armada assume autoria 

Em sua conta no Telegram, a Resistência Islâmica no Iraque, uma aliança de grupos armados pró-Irã, reivindicou sua responsabilidade no ataque. A facção afirmou que a operação “com drones” visou três bases militares em território sírio, entre elas as de Al Tanf e Rukban, na fronteira com a Jordânia.

No entanto, a representação permanente do Irã na ONU declarou que o regime “não tem nenhuma relação” com o ataque contra a base americana. Um informe da agência estatal de notícias Irna apontou nesta segunda-feira (29) para “um conflito entre os Estados Unidos e grupos de resistência na região”. 

“Esses grupos respondem a crimes de guerra e ao genocídio cometido pelo regime sionista”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani. “Eles decidem sobre seus atos baseados em seus próprios princípios”, reiterou.

O regime de Teerã também anunciou nesta manhã a execução por enforcamento de quatro homens acusados de espionagem no Irã a serviço de Israel. 

Reações após o ataque

Lideranças republicanas não pouparam Biden de críticas após as mortes dos soldados americanos, denunciando “a fraqueza e o abandono” da diplomacia dos Estados Unidos. Já a Jordânia classificou o ataque de “terrorista” e salientou que as tropas americanas ajudam Amã na segurança de suas fronteiras.

O ataque também foi condenado pelo Egito, Bahrein e Reino Unido. O chefe da diplomacia britânica, David Cameron, fez um apelo direto ao Irã, em prol da “desescalada das tensões na região”.

Um dos porta-vozes do Hamas, Sami Abu Zahri, declarou que a morte dos três soldados na Jordânia “é uma mensagem à administração americana”. “A continuação da agressão americano-sionista em Gaza suscita no risco de uma explosão regional”, disse. 

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