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Mato Grosso do Sul, 18 de maio de 2024
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Defensor do golpe vai depor nesta sexta (23); General fazia “conspiração subterrânea”, dizem colegas

O grupo teria a missão de prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “assim que o decreto presidencial fosse assinado”, segundo investigação da PF

Único investigado por tentativa de golpe de Estado a depor à Polícia Federal (PF) em Fortaleza (CE) nesta sexta-feira (23), o general Estevam Theóphilo Gaspar de Oliveira integrou o Alto Comando do Exército até novembro de 2023.

Na cúpula da Força, era conhecido como um entusiasmado bolsonarista, mas o envolvimento dele na trama golpista surpreendeu colegas do generalato.

De acordo com as investigações, Teóphilo integrava o núcleo de oficiais de alta patente que tramavam para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Então à frente do Comando de Operações Terrestres (Coter), o general seria o responsável por acionar militares das Forças Especiais, os chamados “kids pretos”, para garantir a concretização do golpe.

O grupo teria a missão de prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “assim que o decreto presidencial fosse assinado”, segundo investigação da PF.

Em relatos, sob a condição de reserva, colegas de Theóphilo dizem que se tratou de uma “conspiração subterrânea”, ao estilo dos “kids pretos”, que não era evidente para os integrantes do Alto Comando.

“Kids pretos” é o nome dado aos militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, treinados para atuar em missões sigilosas e em ambientes hostis e politicamente sensíveis.

O indício de uma participação de Estevam Theóphilo é o que mais causa incômodo no Exército, visto que ele era um general na ativa na época. Até a operação da PF de 8 de fevereiro, todos oficiais de alta patentes investigados estavam na reserva e integravam o governo Bolsonaro.

Os generais da reserva no alvo da PF são: Augusto Heleno (ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional); Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e candidato a vice de Bolsonaro em 2022); Paulo Sergio Nogueira (ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa); Mario Fernandes (ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência).

Todos prestaram depoimento na quinta-feira (22), mas optaram por permanecer em silêncio. Assim como Bolsonaro, os militares alegaram que não tiveram acesso integralmente aos autos.

O relatório da PF aponta que o general Theóphilo teria concordado com um golpe desde que Bolsonaro assinasse a medida. O oficial teria se reunido com o ex-presidente no dia 9 de dezembro de 2022 no Palácio do Alvorada para tratar sobre o suposto golpe.

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