A inflação em abril trouxe um pouco de alívio para os brasileiros, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês com alta de 0,43%, abaixo dos 0,56% registrados em março. A boa notícia veio principalmente do setor de Transportes, que teve queda de 0,38% e ajudou a conter o avanço geral dos preços.
O recuo na inflação foi impulsionado, principalmente, pela forte queda nas passagens aéreas, que despencaram 14,15% em abril, representando o maior impacto negativo no índice do mês. Também contribuíram para essa redução os combustíveis, com destaque para o óleo diesel (-1,27%), gás veicular (-0,91%), etanol (-0,82%) e gasolina (-0,35%). A explicação para essas quedas passa pela redução nos preços do diesel nas refinarias e o início da safra do etanol, que favoreceu o abastecimento.
Já o grupo Alimentação e bebidas, apesar de continuar subindo, desacelerou de 1,17% em março para 0,82% em abril. Ainda assim, foi o que mais pesou no bolso da população, com impacto de 0,18 ponto percentual no IPCA. O vilão da vez foi a batata-inglesa, que subiu expressivos 18,29%, seguida pelo tomate (14,32%), café moído (4,48%) e o lanche (1,38%). Por outro lado, o arroz teve queda de 4,19%, ajudando a amenizar a conta do supermercado.
A alimentação no domicílio registrou alta de 0,83%, enquanto comer fora ficou 0,80% mais caro. De acordo com Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, o grupo alimentação é o que mais pesa no orçamento das famílias, e mesmo com uma desaceleração, continua puxando a inflação. Houve, segundo ele, um maior espalhamento das altas entre os produtos, com o índice de difusão subindo de 55% para 70%, embora concentrado em itens de menor peso.
Na área da saúde, os preços subiram 1,18%, puxados principalmente pelos medicamentos, que tiveram reajuste autorizado de até 5,09% a partir do fim de março. Isso fez com que os produtos farmacêuticos tivessem aumento de 2,32%, gerando o maior impacto individual do mês (0,08 ponto percentual). Itens de higiene pessoal também subiram, com variação de 1,09%.
No setor de vestuário, o aumento foi de 1,02%, com destaque para as roupas femininas (1,45%) e masculinas (1,21%). A justificativa é a mudança de estação e a chegada de novas coleções nas lojas. E até o cigarro subiu quase 3%. Em compensação, a conta de luz caiu um tiquinho por causa de mudanças nos impostos em algumas regiões.
No total dos últimos 12 meses, a inflação acumulada tá em 5,53%. No ano, já bateu 2,48%. Apesar do alívio em abril, o povo ainda sente no bolso, principalmente na hora de comer e comprar remédio.
Porto Alegre foi onde a inflação mais pegou, com quase 1%, graças à energia elétrica e ao tomate. Já Brasília teve a menor alta, com só 0,04%, ajudada pela queda nos preços das passagens e da gasolina.
O INPC, que reflete a inflação da galera que ganha até 5 salários, subiu 0,48% em abril e já soma 2,49% no ano. E a comida, que pesa bastante pra essa turma, também subiu menos.
A próxima divulgação do IPCA vai sair no dia 10 de junho. Até lá, o brasileiro segue torcendo pra inflação continuar pegando mais leve.
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