Karina Corim, ferida a tiros na cabeça pelo ex-marido, morreu no Hospital da Vida, em Dourados, na madrugada desta terça-feira (4). Conforme já noticiado, a amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 30 anos, também morreu.
O crime aconteceu na manhã de sábado (1º), na cidade de Caarapó, distante cerca de 274 quilômetros de Campo Grande. Trata-se do primeiro feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul. Karina era dona de uma loja de acessórios para celular, que foi invadida por Renan Dantas Valenzuela, 31, inconformado com o fim do relacionamento de dois anos. Armado, ele foi até o estabelecimento da ex, onde estavam Karina, a amiga Aline e uma cliente que olhava produtos expostos para venda.
As imagens das câmeras de monitoramento mostram que Renan mandou a cliente sair do local. Karina estava de blusa vermelha, atrás do balcão, e Aline, de blusa laranja. Quando Renan começou a gesticular com a arma na mão, Aline tentou sair de trás do balcão, mas foi atingida pelos tiros e caiu. Em seguida, Renan se aproximou de Karina e atirou nela de curta distância. Depois, deixou a arma no chão, retirou um frasco com combustível da mochila, jogou nas gôndolas e ateou fogo. As imagens ainda mostram o momento em que ele pegou a pistola no chão e foi para o fundo da loja, onde atirou contra a própria cabeça, tirando a própria vida.
Renan foi socorrido, mas morreu ao dar entrada no hospital. Aline também foi atendida pela equipe médica, mas não resistiu aos ferimentos. Karina Corim estava em estado gravíssimo no Hospital da Vida, em Dourados, para onde foi transferida. Durante a madrugada de hoje, faleceu.
A investigação preliminar da Polícia de Caarapó apurou que Karina e Renan se relacionaram afetivamente por dois anos e recentemente estavam passando por um término conturbado. Karina chegou a solicitar medidas protetivas de urgência na sexta-feira (31), mas não houve tempo hábil para intimação do agressor.
Trata-se do primeiro feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul. Segundo dados da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), em janeiro do ano passado, três mulheres foram assassinadas pelos companheiros e, em fevereiro, há registro de cinco feminicídios.
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