Mato Grosso do Sul, 11 de junho de 2025
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Motociclistas morrem em menos de 24 horas em acidentes distintos entre Dourados e Itaporã

Colisões trágicas envolvendo motos elevam alerta sobre segurança viária na região sul de Mato Grosso do Sul, com vítimas fatais em dois dias consecutivos
Imagem -  Sidnei Bronka
Imagem - Sidnei Bronka

A tranquilidade de um fim de semana comum foi abruptamente interrompida por duas tragédias que ceifaram vidas jovens nas estradas e vias urbanas de Dourados e Itaporã, no sul de Mato Grosso do Sul. Em menos de 24 horas, duas colisões envolvendo motocicletas deixaram um rastro de luto e acenderam mais uma vez o debate sobre a fragilidade do trânsito, especialmente no que diz respeito à segurança dos motoentregadores e condutores de motos em geral.

Na manhã de domingo, dia 8, o jovem motoentregador Fellipe Rodovalho de Alencar dos Santos, de apenas 19 anos, perdeu a vida após colidir violentamente com um poste de iluminação às margens da rodovia MS-156. O acidente aconteceu na rotatória que conecta o município de Itaporã a Dourados, no momento em que o rapaz seguia para iniciar mais um dia de trabalho.

De acordo com as primeiras informações apuradas pelas autoridades, Fellipe invadiu a rotatória em alta velocidade, perdeu o controle da motocicleta e atingiu em cheio o poste. O impacto foi devastador. O corpo do jovem foi encontrado com múltiplas fraturas, e o óbito foi constatado ainda no local pela equipe de socorro enviada pela Secretaria Municipal de Saúde de Itaporã. O trecho da MS-156 permaneceu parcialmente interditado durante o atendimento da ocorrência.

Morador de Itaporã, Fellipe era conhecido por sua dedicação e pelo empenho em ajudar a família através do trabalho como entregador. Ele integrava uma nova geração de trabalhadores da chamada “economia da entrega”, setor em expansão que, embora promissor, cobra um alto preço em termos de riscos e vulnerabilidades.

No entanto, a fatalidade com Fellipe não foi um episódio isolado. Menos de 24 horas antes, no sábado à tarde, outra tragédia havia chocado os moradores de Dourados. Luan Camargo dos Santos, de 24 anos, morreu após uma colisão no cruzamento da Avenida Weimar Gonçalves Torres com a Rua Benjamin Constant, em plena área central da cidade. Luan conduzia uma motocicleta Yamaha XT e, segundo testemunhas e imagens colhidas por câmeras de monitoramento urbano, teria avançado a preferencial ao cruzar a avenida.

A motocicleta colidiu violentamente contra a lateral esquerda de um Jeep Compass. Luan foi lançado ao chão e sofreu traumatismo craniano, além de fratura exposta na perna direita. Ele foi rapidamente socorrido e levado ao Hospital da Vida, onde passou por atendimento de urgência, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.

Ambas as mortes ocorrem em um contexto de crescente preocupação com a segurança no trânsito, especialmente no que se refere aos motociclistas. Dados preliminares do Detran-MS e da Polícia Rodoviária Estadual apontam que o número de acidentes com motos na região de Dourados tem aumentado significativamente, com registros alarmantes de feridos graves e vítimas fatais nos últimos meses.

Especialistas em mobilidade urbana e segurança viária alertam que fatores como a alta velocidade, o desrespeito às sinalizações, a precariedade da infraestrutura e a intensa pressão profissional sobre motoentregadores contribuem para o agravamento desse cenário. Muitos desses trabalhadores enfrentam jornadas exaustivas e metas rígidas de entrega, o que pode influenciar comportamentos de risco.

Além disso, familiares das vítimas e representantes da comunidade local lamentam a perda precoce dos jovens e exigem ações concretas do poder público. Entre as sugestões estão a revisão da sinalização em pontos críticos, a ampliação de campanhas de conscientização e fiscalização mais efetiva nas vias urbanas e rodovias de acesso.

As mortes de Fellipe e Luan não são apenas estatísticas. São histórias interrompidas que evidenciam um drama coletivo: o custo humano da negligência, da pressa e da falta de políticas públicas eficazes voltadas à proteção da vida no trânsito. O luto agora é coletivo, e o apelo por mudanças se faz mais urgente do que nunca.

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