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Mato Grosso do Sul, 20 de maio de 2024
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Netflix, um dos filmes mais brutais e impactantes do cinema, com Emily Blunt e Benicio del Toro, não te deixará desviar o olhar

Confrontada por sua própria vulnerabilidade, Kate é uma personificação de coragem, uma mulher íntegra em um contexto que desafia sua fortaleza moral, testando seus limites
Imagem - Emily Blunt , Benicio Del Toro  - Foto: Dominique Jacovides
Imagem - Emily Blunt , Benicio Del Toro - Foto: Dominique Jacovides

“O conceito de regra, nesse mundo, é fluido”, percebe Kate Macer (Emily Blunt), agente do esquadrão antissequestro do FBI, ao se ver imersa em uma operação interagências contra o narcotráfico. Seu novo universo é marcado pela assertiva de que os parâmetros tradicionais já não se aplicam.

O convite para integrar essa frente obscura vem de seu superior, preludiando uma jornada onde ela encontra figuras como o agente da CIA Matt Graver (Josh Brolin) e o enigmático Alejandro (Benicio Del Toro), um consultor com laços ambíguos no submundo do crime internacional, fluindo sinistramente através das sombras que conectam cartéis e entidades de aplicação da lei da Colômbia aos Estados Unidos e México.

Imersa em uma operação onde a bússola moral gira descontroladamente, Kate é confrontada com uma faceta das forças de segurança que opera nas franjas da legalidade. Esse grupo, esquivo como uma aparição, não deixa rastros, movendo-se além das muralhas da legalidade com a impunidade de quem veste a invisibilidade como armadura. Sua meta é implacável: capturar as figuras proeminentes de um submundo cruel, regido por uma brutalidade que desafia a compreensão daqueles aconchegados em zonas de conforto, alheios às tempestades que assolam territórios esquecidos.

A jornada de Kate é permeada por uma batalha interna constante. Enquanto ela se esforça para reconciliar seus princípios com as medidas extremas adotadas por sua equipe, a agente também enfrenta a dura verdade sobre a eficácia de seu trabalho convencional contra o crime, realizado juntamente com Reggie Wayne (Daniel Kaluuya). Ela, um farol de integridade em um mar de arbitrariedade, percebe a dissonância entre suas ações e o silêncio ensurdecedor de suas repercussões.

Confrontada por sua própria vulnerabilidade, Kate é uma personificação de coragem, uma mulher íntegra em um contexto que desafia sua fortaleza moral, testando seus limites enquanto ela se agarra resolutamente aos seus ideais de justiça.

“Sicario: Terra de Ninguém” se desdobra sob a direção meticulosa de Dennis Villeneuve, com um roteiro habilmente tecido por Taylor Sheridan. Distanciando-se das convenções típicas de seu gênero, o filme é uma sinfonia visual que conjuga a tensão de um thriller com a visceralidade de um conflito armado, exibido através de imagens que, embora inundadas por uma atmosfera quase palpável de desolação, evocam a urgência e o caos de um campo de batalha. Villeneuve não poupa o espectador, expondo a crueza de um mundo que transcende as manchetes efêmeras, desafiando-nos a confrontar uma realidade que nossa segurança psicológica muitas vezes nos proíbe de explorar.

Enquanto isso, o elenco entrega performances que ressoam com autenticidade, catapultando “Sicario” para além de uma experiência cinematográfica, transformando-o em um inquietante espelho social.

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