A Polícia Civil identificou três torcedores do Palmeiras envolvidos na emboscada contra torcedores do Cruzeiro, ocorrida no último domingo (27), na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP).
O confronto, que resultou na morte de uma pessoa e deixou outras 17 feridas, está sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do MPSP, e pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), da Polícia Civil de São Paulo.
O ataque ao ônibus da torcida organizada do Cruzeiro, a Máfia Azul, realizado pela Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras, ocorreu na rodovia que liga São Paulo a Minas Gerais. As imagens mostram um ônibus com vidros quebrados e outro veículo completamente incendiado.
Investigações em duas frentes
As autoridades estão conduzindo duas investigações paralelas. A Polícia Civil está focada especificamente no homicídio ocorrido durante o confronto, enquanto o GAECO investiga a possível infiltração de facções criminosas, como o PCC, nas torcidas organizadas.
A complexidade do caso reside na dificuldade de individualizar as condutas dos envolvidos, dado o grande número de participantes na briga. Há suspeitas de que o confronto possa ter sido premeditado, o que torna o caso ainda mais grave.
Desafios para a Justiça
O processo judicial pode resultar em um júri com múltiplos réus, o que representa um desafio significativo para os promotores e investigadores. A tarefa de determinar a participação específica de cada indivíduo no homicídio é particularmente complexa em situações de confrontos massivos como este.
As autoridades continuam analisando as evidências, incluindo imagens registradas no local, para avançar nas investigações e identificar mais envolvidos no incidente. O caso levanta preocupações sobre a segurança em eventos esportivos e a necessidade de medidas mais rigorosas para prevenir confrontos entre torcidas organizadas.
