O mercado da soja segue aquecido no Brasil, com preços em alta nos principais portos do país. O avanço das cotações reflete o movimento do mercado internacional, especialmente a valorização dos contratos futuros na bolsa de Chicago, que influencia diretamente o preço da commodity agrícola. Na sexta-feira (28/3), a saca de 60 quilos foi negociada a R$ 132,50 em Paranaguá (PR) e Santos (SP), um aumento de 0,38% em relação ao dia anterior. No porto de Rio Grande (RS), o valor subiu para R$ 134, com acréscimo de 0,37%.
O levantamento realizado pela Scot Consultoria aponta que, além dos portos, o interior do Brasil também registrou elevações expressivas no preço da soja. Em Luis Eduardo Magalhães, na Bahia, a saca chegou a R$ 114,50, um avanço de 1,31% em comparação ao dia anterior. Já no oeste do Paraná, a saca foi negociada por R$ 124, alta de 0,81%. Em Lucas do Rio Verde (MT), o preço médio foi de R$ 108 (+0,93%), enquanto em Dourados (MS), a saca chegou a R$ 116,50 (+0,86%). Em Rio Verde (GO), a cotação ficou em R$ 113,50, com valorização de 0,44%.
A tendência de alta acompanha o desempenho positivo da soja na bolsa de Chicago, referência para o mercado global. O contrato para maio subiu 0,61%, fechando a US$ 10,23 por bushel, enquanto o vencimento de julho registrou alta de 0,66%, alcançando US$ 10,37 por bushel. O óleo de soja também encerrou o dia em valorização, fortalecendo o movimento positivo para a commodity.
Segundo o consultor Matheus Pereira, da Pátria Agronegócios, a elevação dos preços está sendo impulsionada por fatores como o aquecimento da demanda e as preocupações com novas tarifas comerciais entre Estados Unidos e China.
“A soja segue valorizada, mas a possibilidade de novos embargos tarifários por parte dos Estados Unidos sobre a China pode limitar os ganhos a médio prazo”, destacou o especialista em boletim divulgado nas redes sociais.
Ao longo da semana, a soja acumulou uma alta de 1,54% na bolsa de Chicago, segundo dados do Valor Data. O contrato de julho, utilizado como referência, registrou valorização superior a US$ 0,15 nos últimos dias. No mês, o avanço acumulado é de 1,12%, e, no ano, o grão já subiu 2,65%.
A expectativa agora é que o mercado continue reagindo às oscilações internacionais e ao ritmo das exportações brasileiras, que seguem aquecidas devido à demanda global por grãos. Para os produtores, o momento é de monitoramento e estratégia para garantir boas oportunidades de venda em um cenário de valorização da commodity.
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