O mercado internacional da soja acordou animado nesta terça-feira, 8 de abril. Logo nas primeiras horas da manhã, os contratos futuros da oleaginosa já davam sinais claros de recuperação na Bolsa de Chicago, registrando altas consistentes após dias de movimentações instáveis. Os investidores parecem mais atentos, monitorando tanto as safras quanto os efeitos de conflitos econômicos pelo mundo.
Perto das 5h40 da manhã, no horário de Brasília, os contratos mais ativos da soja já marcavam ganhos entre 12 e 12,50 pontos, com a cotação de maio chegando aos US$ 9,95 por bushel e a de agosto batendo US$ 10,04. O grão, que vinha pressionado nos últimos dias, se beneficia agora da retomada de fôlego nos derivados, especialmente o farelo e o óleo de soja.
O farelo operava com alta de 1%, sendo negociado a US$ 291,30 por tonelada curta, enquanto o óleo tinha valorização de 1,15%, a US$ 0,4566 por libra-peso. Esses números puxaram para cima os preços da soja como um todo, criando um ambiente mais favorável para o grão nos mercados futuros.
Grãos seguem mistos e petróleo ajuda a segurar ânimo
Enquanto a soja avança com firmeza, os mercados de milho e trigo operam de forma mais cautelosa, em campo misto. Mesmo assim, ajudam a compor o cenário de recuperação. A estabilidade nos preços do petróleo, tanto do tipo Brent quanto WTI, também colabora para a manutenção do bom humor entre os investidores, que seguem atentos a qualquer movimentação nos setores energéticos.
Por trás desse movimento de recuperação estão, claro, os fatores macroeconômicos. A guerra comercial, especialmente entre Estados Unidos e China, continua sendo uma pedra no sapato dos analistas. Qualquer sinal vindo do governo de Donald Trump pode mexer com os ânimos do mercado. Por isso, os traders mantêm a cautela, mas também aproveitam as oportunidades de curto prazo.
Nova safra dos Estados Unidos começa a pesar no mercado
Além do cenário internacional conturbado, outro fator começa a ganhar protagonismo no jogo da precificação: a nova safra norte-americana. O plantio nos Estados Unidos está em fase inicial, o que exige monitoramento constante. O clima, os avanços no campo e os possíveis problemas já são elementos levados em conta nas decisões de compra e venda.
Essa combinação de fatores faz com que o mercado da soja continue bastante volátil. A oscilação nos preços pode trazer boas oportunidades, mas também exige cautela dos produtores e investidores, especialmente diante de um cenário global ainda incerto e sujeito a mudanças inesperadas.
Brasil atento aos prêmios e à movimentação externa
Enquanto isso, no Brasil, o foco segue firme nos prêmios pagos aos exportadores. A movimentação de Chicago e o comportamento da moeda americana são peças-chave para entender como o mercado interno vai reagir nos próximos dias. O produtor brasileiro, que vinha de um período de retração nos preços, pode encontrar agora uma janela para melhores negociações.
Em meio a tanta incerteza, uma coisa é certa: a soja segue como protagonista nas bolsas de valores e no campo, carregando consigo as esperanças de bons negócios para quem planta, colhe e vende.
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